domingo, 22 de dezembro de 2013

Foi demais

Em todos os sentidos, posso dizer que esse ano foi demais. Coisas demais, sentimentos demais, atividades demais, cansaços demais, tristezas e decepções demais. E, se tudo isso já não bastasse, ainda me sobraram tarefas a fazer. Tarefas que devem ocupar meus próximos dias e também esse período entre o natal e o ano novo. Certamente não será um período tranquilo. Mas sei, também, que será um período de ajustar os ponteiros e alinhar o próximo ano...

Fora tudo que me cansou, ainda teve tudo aquilo que me fez mais feliz. Abraços e afetos, o carinho de pessoas queridas e até mesmo e-mails e recados de pessoas que nem conheço. Tudo isso foi demais, poucas vezes me senti tão querido. Foram atitudes que fizeram meus dias mais completos e que me fizeram perceber o tanto de gente especial que existe por aí. Gente que nos faz bem, gente que chega com um cafuné justamente quando estamos mais precisando. Tem como agradecer? Quisera eu ter palavras e um abraço tão grande pra retribuir tudo isso.

No fim, como resumo, acho que posso dizer que sobrou por aqui alguém mais próximo de si, e também alguém doido por um 2014 mais tranquilo, com menos chateações e muito mais prazeres. Que assim seja, não só pra mim, mas pra você também.




terça-feira, 19 de novembro de 2013

Aquele do cavalo branco

Sabe aquele ali tentando abraçar o mundo com os olhos fechados?

Sou eu tentando disfarçar o coração apertado; o nó na garganta; os olhos de cansaço.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Na volta que o mundo dá

Com o tempo, foi dando uma coisa em meu peito, um aperto difícil da gente explicar...


Sabe, um dia hei de encontrar as palavras que expressam minha gratidão por essas músicas que nos tocam e nos consolam devagarinho. Mas enfim, enquanto esse dia não chega, fico por aqui cantarolando com a Mônica: saudade, não sei bem de quê... tristeza, não sei bem por que...

Tá vendo ali no ar? Sou eu...

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Sempre ela

Tem épocas da vida que são mais difíceis do que outras. Sei, meio clichê dizer isso, mas acho que a vida é assim (e também cheia de obviedades e imprevistos). No final fico achando que, no fundo, mas bem lá no fundo, a gente sabe das coisas. Até mesmo desses imprevistos. Tudo isso porque esses tais imprevistos, mesmo que eles sejam apenas hipóteses na nossa cabeça, ou no nosso viver, eles existem, não é? E é isso que me leva a pensar que eles não são tão imprevistos assim. E aqui me ocorreu Estamira: "Tudo o que é imaginário tem, existe, é".

Digo essas coisas porque os fatos não acontecem por si só. Eles vão se formando, se organizando, se estruturando até o momento em que, bum, explodem e nos tocam de uma forma ou de outra. E aí é um Deus nos acuda, um corre-corre, um salve-se quem puder. Tudo porque não estamos preparados pra viver o que a gente vive. A vida não vem com cartilha e, por mais que a gente crie um escudo, e se prepare para toda e qualquer situação, é impossível não sentir quando vivemos aquilo que não gostaríamos de viver.

Agora, recolhendo os cacos, observando as partes, desviando das interferências e pensando os próximos capítulos, vejo o quanto já errei, o quanto já me enganei e também o quanto já me precipitei. É triste, um tanto melancólico, mas fica o aprendizado. Sinto o amadurecimento, me sinto humano.

domingo, 20 de outubro de 2013

Lua em Gêmeos

Tenho uma coisa dentro de mim, um sentimento que mistura pertencimento e exclusão. E esse sentimento é bom, e também ruim. Bom porque me deixa à vontade pra circular em qualquer lugar, entre qualquer gente, entre qualquer sintonia. Ruim porque, volta e meia, me deixa como um peixe fora d'água, como um ser que procura umidade e só encontra mangue seco.

Sei, isso que digo todo mundo deve sentir de vez em quando. O que me parece, no entanto, é que a minha versatilidade deixa as pessoas confusas, com dificuldade de me enquadrar em algum estereótipo pré-concebido. Afinal, que guri é esse? Que faz mestrado em Engenharia e que também faz graduação em Biblioteconomia? Que é quieto e que também é falante? Que faz mil coisas e que também parece não fazer nada? Que é lento e que também é rápido? Que gosta do dia e que também gosta da rotina dos bares? Que se aventura e que também tem medos? Que gosta da simplicidade e que também gosta da elegância? Que tem posicionamentos e que também não deixa bem claro a preferência política, sexual, religiosa?

Curioso é que também não sei dizer o que me fez ou faz assim. Sei, no entanto, reconhecer que talvez essas incógnitas sejam aquilo que me faz querer viver, aprender e experimentar mais. Pra fazer a vida mais feliz, completa, serena, tranquila.




domingo, 6 de outubro de 2013

agora eu era (e ia)

e vou. e sou. um emaranhado de pensamentos, um vazio qualquer. sem saber o que dizer, ou fazer.

vê? tô bem aqui, sim.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Delicadezas

"E desde então, sou porque tu és
E desde então és
sou e somos...
E por amor
Serei... Serás... Seremos..."

[Pablo Neruda]

Lindo, né?

sábado, 14 de setembro de 2013

Todas as boas palavras estão pálidas de exaustão

Não gosto de ficar reclamando da vida. Isso porque, de fato, acho que tive muita sorte em muitos aspectos. Assim, a cada vez que penso na minha falta de fortuna ou nas desgraças que me acontecem, fico pensando também no tudo aquilo que tive e tenho sem nem muito desejar ou me esforçar. Não que isso resolva, mas, sim, ameniza.

O fato é que, mesmo com essa mania de minimizar os fatos, tenho andado cansado de muita coisa. E isso é horrível, pois me leva a uma sensação de burrice, fraqueza e desilusão. Volta e meia, me pergunto: de que vale tratar bem a quem não te trata? De que vale se preocupar com quem não se preocupa contigo? De que vale querer a quem não te quer? De que vale amar a quem não te ama?

Sei, é doloroso pensar assim. Também sempre digo que as pessoas dão às outras apenas aquilo que elas conseguem. Não por opção, mas devido a seu próprio jeito de ser, suas histórias, seus traumas, suas dores, seus amores. No fim, não há escolha. Acredito que a saída seja encontrar um jeito de conviver com os outros (e consigo) de uma forma que todos fiquem bem.

Mas e quando pessoas próximas a ti não conseguem isso? Tem como não sentir? Não sofrer? Esquecer?

Qual foi a pior coisa que já te disseram?

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Não há amor sozinho

Gosto do que me acrescenta. Daquilo que faz pensar, mudar, refletir. Gosto do que é diferente, oposto, avesso. Daquilo que nunca pensei, daquilo que nunca senti, daquilo que nunca imaginei.

Há quem me ache cabeça. Como se fosse daqueles que só gostam de coisas cultas, barrocas, branquelas. Mas simplismos não me servem, me deixam sem espaço, sem água. Gosto do que me transforma, seja de onde vier. Dos filmes, dos palcos, das músicas. Pode ser da cozinha também, acompanhada do cheiro da cebola, sob as músicas do Roberto. Acho fantástico.

Gosto das conversas calmas, longas, pausadas. Gosto dos detalhes, das histórias incríveis. Gosto das lembranças, dos cheiros, dos sabores. Gosto do enredo. Gosto das pessoas. Gosto dos sentimentos e das experiências que me fazem amplo, completo, sereno.

E você?

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Um sonho igual ao teu

Adianta manter aquilo que te sacia mas que não te dá prazer? Adianta a esperança que te leva a pensar que o prazer idealizado pode virar realidade?

Uma das coisas que aprendi na vida é que a gente não pode exigir das pessoas aquilo que elas não podem nos dar. Veja bem, isso não é, necessariamente, um pensamento de absoluto conformismo. Acho que podemos demonstrar nosso descontentamento com isso ou aquilo, ou o prazer que possivelmente sentiríamos se acontecesse o nosso desejo, mas isso não muda, de imediato, muita coisa. Não é? A mudança, ou a nossa realização, muitas vezes, não depende só da gente. Há o outro. E seus interesses, seus dramas, seus traumas, suas histórias, suas dores, seus prazeres.

No fim, somos nós contra nós mesmos. E é aí que pergunto: Até que ponto você sabota a sua felicidade?

Que linha liga o teu coração ao meu?

domingo, 11 de agosto de 2013

Se chegue, tristeza

Nos dias em que a tristeza bate mais forte, ela chega de mansinho. Chega pelos cantos, pelas paredes, pelos copos, pelo cinza do dia. Chega úmida de sentimentos. Chega com a fragilidade e a delicadeza de um cristal. Chega como um cansaço sem fim. Chega como a solidão que acaba no abraço.

A tristeza, pra não passar desapercebida, escapa pelos olhos fundos, indecisos, mareados. A tristeza, apesar de assentada no vazio, preenche, se espalha, transborda. A tristeza é aquática. Sem rumo, a tristeza navega, ancora no peito, se instala. A tristeza é fria, feia, desarrumada. A tristeza é escura, soturna, calada. A tristeza não responde. Perdida, a tristeza se isola, escapa da vida, se distrai em si mesma.

Quando viva, a tristeza faz a gente mais humano. E demonstra até uma esperança de um dia não ser mais triste não...

terça-feira, 6 de agosto de 2013

São tantas coisas azuis

Acho que tenho enraizado o que outrora disse Clarice: "Amar não acaba. É como se o mundo estivesse a minha espera. E eu vou ao encontro do que me espera".

Ter ido ao encontro do que me esperava com certeza foi a viagem mais arrepiante que fiz na vida. Não porque soubesse o que me esperava, porque não sabia mesmo. No meu estado consciente, ao menos, não sabia que existia qualquer chance. Mas aí, quando acontece o que você tantas vezes desejou, sem você fazer nada por isso, fico pensando que é coisa dessa vida, que é curiosa por demais.

Não sei dizer se foram os astros, os signos, os búzios. Tão pouco sei se foi artimanha da vida pra esfregar alguma coisa na minha cara. Não sei mesmo. O que sei é que foi das sensações mais estranhas que já senti. Porque não estava preparado. Porque meu corpo tremeu. Porque fiquei tenso. Porque minha voz travou. Porque foi, de longe, a sensação mais absurda que já passou pelo meu corpo...

Passado tudo, Clarice ecoa: "Amar não acaba". Será possível?

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

É tudo o que eu não sei

(o que senti na última quarta-feira está fora de qualquer gibi...)

Acredito que cabe a nós perceber os sinais que a vida nos dá, mas alguns me parecem tão enigmáticos que a confusão fica inevitável. Pra piorar, o coração treme, o estômago vira, o ar falta, o pensar fica difícil.

Até que ponto escolhemos o nosso destino? Até que ponto somos sujeitos das coincidências? Até que ponto o correr da vida se responsabiliza pelos nossos encontros e desencontros?

E se você tivesse chegado 5 minutos antes? E se eu tivesse partido 5 minutos depois? E se mil e uma coisas tivessem acontecido?

É certo que as hipóteses não levam a lugar algum. Assim como é certo que não há nada que possa mudar os fatos. Depois que acaba, vira passado. Ocorreu, vivemos, presenciamos, sentimos. Não há mais "se". Há apenas a realidade. Acontece, aconteceu. Talvez signifique pouco, mas talvez seja o que vai fazer a diferença daqui a algum tempo... Seria esse o início de um novo ciclo? Que ciclo é esse, meu Deus?

Paro e penso. Calma. Vai ficar tudo bem. Vai ficar tudo bem...

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Aprendi com a vida

Não adianta ficar pensando muito...

quarta-feira, 3 de julho de 2013

(vapor (barato) total)

Barato total fez total sentido em meio a essa onda de manifestações que correu o nosso Brasil varonil nessas últimas semanas. Curioso foi que não participei dos atos, mal emiti opiniões e pouco entendi a respeito do que, de fato, aconteceu. Até hoje me questiono se pode alguém ou algum partido político ter usado o nosso povo sedento por uma vida mais digna como "massa de manobra" como espalharam por aí. Será? Pouco sei mesmo. Pra piorar, ainda me pergunto com certa frequência: a quem será que serviu tudo isso? Quem efetivamente saiu ganhando?

Tudo muito complicado. Difícil falar em política... Mas enfim, seja como for, o que ouvi nesses dias que me chapou, mais do que qualquer teoria conspiratória, foi a Gal cantando: "quando a gente tá contente, tanto faz o quente, tanto faz o frio, tanto faz que eu me esqueça do meu compromisso com isso ou aquilo que aconteceu dez minutos atrás". Não é o máximo!? Pois, se já não bastasse por si só, é um pouco do que tenho experimentado nessa vida.

Não que me sinta plenamente realizado, ou absolutamente feliz, ou sentimentalmente inabalável, ou sexualmente imbatível. O que acontece, acho, é que tenho feito tanta-tanta coisa que meu cansaço me leva a rir de mim mesmo, da minha sorte e, também, da minha desgraça. E aí, o que salva é que tenho feito coisas bacanas, que me distraem e me levam a pensar que, de fato, "tudo que você disser deve fazer bem, nada que você comer deve fazer mal". Pra completar, nunca estive tão antenado ao meu corpo e aos sinais que ele me dá. E isso me dá uma leveza que sei lá...

Viver não é pra ser um problema, né?

Que tal sentar no cordão da calçada e ficar listando as maravilhas da vida até de manhã?


sábado, 29 de junho de 2013

De dentro

Sabe, não sei explicar isso que me prende. E que também é isso de que fujo, desconverso, desvio o olhar, procuro não pensar, tento esquecer. Isso que me faz diferente, e também melhor, e também pior. Isso que me faz ser quem sou. Isso que me impede de ser quem não sou. Isso que me faz lembrar. Isso que não me deixa esquecer. Isso que me faz querer, acreditar. Isso que me faz ter fé. Isso que o tempo não cura. Isso que me deixa com o coração na mão, sensibilizado. Isso que sinto quando percebo que o tempo está passando, sem dó.

E gira em volta de mim. Sussurra que apago os caminhos e que amores terminam no escuro, sozinhos.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Interrompido

Gosto dessa história de escrever por aqui. Não sei explicar bem o porquê, mas acho que é porque me faz pensar melhor as coisas da vida.

Hoje mesmo, tava pensando em alguma coisa qualquer, quando apareceu uma teoria que achei que renderia um post. Lembro ter pensando também, logo em seguida: "hoje posso escrever sobre isso, é segunda, e segundas à noite geralmente consigo escrever e pensar um pouco (!)".

Pois bem, esqueci. Esqueci o tema, esqueci a ideia, esqueci o que me motivou também. Não sei bem o que aconteceu, mas acho que me distraí. Na certa foi alguma antena. Dessas que captam nossa atenção e nos levam a estações inesperadas. E assim não desenvolvi nem mentalmente aquilo que parecia tão óbvio ululante. Uma pena, enrolei as ideias.

Só sei que i'm alive and vivo, muito vivo, vivo, vivo...

"É muita antena e pouca gente antenada". Já disse por aqui?

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Viver

Até que ponto uma realização sua te deixa mais distante de sua próxima realização?
Até que ponto a satisfação de um desejo seu atrapalha seus próximos dias?
Até que ponto a não realização de um desejo te deixa mais frustrado?
Até que ponto o conformismo não te fere?
Até que ponto o conformismo te fere?
Até que ponto você consegue lidar com as escolhas que faz?
Até que ponto você consegue lidar com aquilo que você não escolhe?
Até que ponto vai o seu sofrimento? A sua dor? O seu desejo? A sua frustração? O seu amor? A sua tristeza?
Até que ponto você se aguenta? Se perdoa? Se condena?
Até que ponto você condena os outros?
Até que ponto você está certo?
Até que ponto você está errado?

Sabes?

terça-feira, 21 de maio de 2013

Turn to water

Cuidei de você. Como cuidaria de um pássaro com uma asa quebrada. Cuidei com cuidado, com carinho, com afeto. Cuidei pra que cicatrizasse o que estava ali te machucando. Cuidei pra que você ficasse bem. Cuidei pra que você voltasse a ter forças. Cuidei pra que você voltasse a enxergar o que há de belo por aí. Cuidei pra que você voltasse a acreditar em você. E, após todos os nossos momentos, sabe o que aconteceu? Morri de orgulho quando percebi que você conseguiu, que você ficou forte, que você venceu tudo aquilo que estava ali te machucando, que seu olhar voltou a brilhar. Me comovi ao perceber que você cresceu, amadureceu, recuperou as forças, voltou a ter fé na vida e, então, me agradeceu com o abraço mais quente e sincero que já senti. Você me fez sentir realizado. E então você partiu.

Você cuidou de mim. Como quem cuida de um pássaro com uma asa quebrada. Cuidou com cuidado, com carinho, com afeto. Cuidou pra que cicatrizasse o que estava aqui me machucando. Cuidou pra que eu ficasse bem. Cuidou pra que eu voltasse a ter forças. Cuidou pra que eu voltasse a enxergar o que há de belo por aí. Cuidou pra que eu voltasse a acreditar em mim. E, após todos os nossos momentos, sabe o que aconteceu? Você morreu de orgulho quando percebeu que eu consegui, que eu fiquei forte, que eu venci tudo aquilo que estava aqui me machucando, que meu olhar voltou a brilhar. Comovi você te fazendo perceber que cresci, amadureci, recuperei as forças, voltei a ter fé na vida e, então, agradeci com o abraço mais quente e sincero que pudia dar. Fiz você sentir a realização. E então fiquei aqui, sentindo a sua ausência...

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Fico na dúvida

Será que sou uma pessoa horrível?

Ou será que só não sei lidar com o que os outros dizem e fazem?

Seja qual for a resposta, tem dias que me sinto praticamente um projeto de monstro...

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Série de derrotas

Não sei bem de onde vem esse meu gosto por relacionamentos impossíveis. Fico pensando que talvez seja culpa de alguma carência, que faz com que me envolva sem muito refletir. Ou então que talvez esse gosto seja culpa da minha juventude, que não me agrega o conhecimento e a experiência necessários pra discernir o promissor daquilo que não é. Penso, também, que esses meus consecutivos desastres sentimentais talvez aconteçam por causa daquilo que existe em mim e que me faz ver esperança em tudo.

Não sei se consigo me fazer entender. O que acho que acontece comigo é que acabo alimentando uma esperança, uma expectativa de que tudo pode acontecer, de que pode acontecer qualquer coisa... E é essa esperança (que me leva a pensar que, seja o que for, é, sim, possível), que acho que me atrapalha. Acho que ela me faz ver um brilho nas pessoas que talvez não exista. Mais do que isso, acho que ela me faz ver sintomas, expressões, cuidados e afetos que talvez não sejam tão coloridos quanto eu os vejo.

No final, invariavelmente, acabo só. Pra piorar, me ponho a colar os cacos enquanto me condeno em pensamentos, verificando e relendo momentos que me levam a crer que estava claro, desde o início, que sairia derrotado mais uma vez. E aí nesse ponto que me vem as perguntas: como pude não ver? Por que deixei desenvolver esse sentimento? Por que? Por que? Por que tão burro?

E agora? o que faço com isso que sinto?

terça-feira, 7 de maio de 2013

Doce flutuo

É doce morrer no mar




terça-feira, 30 de abril de 2013

Há dias penso nisso

Tem um programa que escuto no rádio do carro toda tarde, durante uns 20 minutos, enquanto vou pro trabalho. Se chama 'cantos do sul da terra'. Gosto tanto desse nome que nem sei dizer. Talvez o escute só pelo nome, mas talvez o ouça também por causa de seu enfoque regionalista, que me apresenta umas músicas um pouco diferentes daquelas que estou acostumado a ouvir. São milongas e uns boleros da república platina que me comovem um bocado quando retratam o bucolismo e, também, isso que é viver no pampa, no frio e nessas tradições todas que nos cercam.

Pois bem. Nesse mesmo programa, outro dia, os integrantes da mesa estavam comemorando uma data especial. Não lembro bem o que era, mas acho que se relacionava com a comemoração do aniversário de alguém que se foi. E foi aí que o locutor frisou que o verbo comemorar também pode ser interpretado como co-memorar. No sentido de memorar juntos. No sentido lembrar com alguém algo que já se passou... Achei lindo!


sábado, 27 de abril de 2013

Vazio e farto

Mais do que a falta de descanso, mais do que a falta de uma vida encaminhada, mais do que a falta de desejos realizados, mais do que a falta de um tanto de coisa que poderia citar, o que tem pegado por aqui é a falta do toque. E aqui, veja bem, não me refiro a sexo, por mais que, não minto, falte também. O toque que me refiro aqui são esses pequenos gestos que preenchem a gente de alguma forma. São esses abraços que nos confortam, esses colos que recebem as nossas cabeças cansadas, esses ombros que recebem os nossos ouvidos exaustos de tanto barulho. Diria aqui que esse toque que me refiro, e que me faz falta, são esses poços de tranquilidade que, às vezes, aparecem no meio da multidão e das sensações pra nos dar a esperança de que a vida pode ser, sim, saboreada como ela merece.

É fato também que esse toque geralmente vem acompanhado dessas palavras que transmitem, mais do que confiança, a segurança de que tudo vai ficar bem. E aí concluo que é desse aveludado que se cria a partir da união do toque com a palavra que sinto falta. Pra dormir bem, pra tranquilizar a cabeça, pra acalmar o coração. Pra acreditar que, de fato, a primavera está quase aí.

"Gostaria de transmitir a leveza; aquilo que é sentir uma sensação sem peso".

Você já assistiu Pina?


segunda-feira, 15 de abril de 2013

Pensei até em me mudar

Tem épocas que a vida ganha uma velocidade sem sentido. Não que tenha que ser tudo aos poucos, mas acredito que, às vezes, é preciso um pouco de sossego. Um dia de folga, uma tarde de sol, uma fuga pro litoral, pra serra ou pra dentro de si. Mais do que preciso, ou necessário, diria que é vital. São nesses momentos de afastamento que, em geral, conseguimos acertar os ponteiros, ponderar o passado e o presente, superar o que dói ou aquilo que fez mal, não é? São nesses momentos que a gente se dá conta de toda beleza que há e de toda a sorte que tem. E aí vem de dentro aquele pequeno prazerzinho pessoal, aquele que nos faz pensar gracias a la vida, que me ha dado tanto...

De qualquer forma, enquanto não consigo esse tempo pra mim, pra minha cabeça, pro meu corpo ou pro meu coração, vou tocando por aqui. Preenchendo meus dias e minhas noites. Com aulas, estudos, trabalhos e amigos, tenho conseguido a proeza de não sentir a vida passar. Mais do que isso, tenho me espantado ao perceber como tenho conseguido fazer tudo o que quero, apesar dessas coisas deixarem como lembrança uns cabelos no chão, uns roxos sob meus olhos e o mesmo corpo magro de sempre. Além disso, o que mais me impressiona é que, apesar de tanto viver, quem predomina nessa avenida entre a razão e o coração ainda é meu grande amor.

E são nos instantes em que há algo indo e vindo nessa via de mão dupla que chamo, invariavelmente sem sucesso: Amor...


segunda-feira, 1 de abril de 2013

vento, vendaval, ventania

"Vem por aqui" - dizem-me alguns com olhos doces, estendendo-me os braços, e seguros de que seria bom que eu os ouvisse quando me dizem: "vem por aqui!". Eu olho-os com olhos lassos (há, nos olhos meus, ironias e cansaços), eu cruzo os braços, e nunca vou por ali... A minha glória é esta: criar desumanidades, não acompanhar ninguém - que eu vivo com o mesmo sem-vontade com que rasguei o ventre à minha mãe. Não, não vou por aí! Só vou por onde me levam meus próprios passos... Se ao que busco saber nenhum de vós responde, por que me repetis: "vem por aqui!"? Prefiro escorregar nos becos lamacentos, redemoinhar aos ventos feito farrapos, arrastar os pés sangrentos, a ir por aí... Se vim ao mundo, foi somente para desflorar florestas virgens, e desenhar meus próprios pés na areia inexplorada! O mais que faço, não vale nada... [. . .] Ah, que ninguém me dê piedosas intenções, que ninguém me peça definições! Que ninguém me diga: "vem por aqui"! A minha vida é um vendaval que se soltou, é uma onda que se alevantou, é um átomo a mais que se animou... Não sei por onde vou, não sei para onde vou, só sei que não vou por aí! [José Régio]

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fé na vida.


domingo, 24 de março de 2013

Questão de Tom

Tô pra dizer que a vida é isso mesmo: questão de Tom. Você pode escolher o tom Jobim. Ou você pode escolher o tom Zé. E aqui não me refiro ao estilo de música que eles compõem ou tocam (quanto a isto, você pode escolher os dois, sempre e quando bem entender). Aqui me refiro ao jeito de ser, agir, pensar, falar, encarar a vida.

Que posso fazer se você prefere o tom Zé?


terça-feira, 19 de março de 2013

E não é?

(pra completar o post anterior)

"O nosso destino é irmão gêmeo do nosso livre arbítrio".

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"Tudo é uma questão de manter: a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo".


domingo, 17 de março de 2013

Se tudo pode acontecer

Essa coisa de ser "muito para" aquilo é algo que me deixa de vez em quando sem resposta. Não que necessariamente tenha que haver uma resposta, mas quando ouvimos algo do tipo "você é muito assim para fazer assado", você faz o quê? Diz que não é bem assim? Que pode ser bom que tenham pessoas diferentes fazendo coisas diferentes? Que pode ser instigante fazer algo que a priori não parece ser o seu perfil? Quase sempre acho que o melhor é não responder. Ou então responder com um sorriso como de quem acaba de encontrar algo que estava procurando.

Não sei, posso estar errado. Mas acredito nas diferenças. Acredito nas pessoas que fazem coisas que, aparentemente, não fazem. Acredito no roqueiro que escuta música clássica, assim como acredito no senhor que acha a maior graça nos joguinhos do celular. Acredito na jovem senhora que resolve retomar os estudos, assim como acredito na criança que se interessa por pássaros em extinção. Acredito porque vejo beleza nisso. Acredito nos perfis diferentes que dividem os mesmos espaços, que convivem e aprendem juntos. Acredito na multiplicidade do ser, na multiplicidade dos interesses, na multiplicidade do viver. Acredito no interesse pelo novo, assim como acredito no desejo de reviver o que já foi. Acredito na curiosidade, no desejo, na vontade. E acredito em tudo isto assim como acredito nisso que nos faz querer algo hoje, como se não houvesse ontem. Por que não?

sexta-feira, 8 de março de 2013

Errei, peço desculpas

Um erro. Assim posso definir esse último mês, essa lunação de aquário: um erro só. Ou melhor, vários erros. Erros que nunca cometi, erros que nunca achei que fosse cometer, erros que achei que nem pudessem acontecer. Os pés pelas mãos, a carroça na frente dos bois, erros primários. A chance de ficar quieto: perdi. A chance de responder, de explicar, de agradecer, de ir: também perdi. Perdi a atenção, a sensibilidade, a serenidade também, coisas raras de acontecer por aqui. Perdi tanto que nem sei. Hoje me sinto derrotado, como alguém que errou não só por precipitação, mas também por lentidão, por ter tempo demais, por não ponderar ou explicar melhor. Muito ruim se sentir assim. Mesmo que digam que ainda estão rolando os dados, a sensação da perda existe e é dolorosa. Ela entra na gente, se instala, machuca. Mas é necessário reconhecê-la, não é? Pra que, quem sabe, esses erros não se repitam e esse tempo vire um tempo de aprendizado como nenhum outro foi. Que assim seja. E que me perdoem as falhas. Com carinho,

V.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Fé na vida

Tô há dias pensando que escrever é, praticamente, um artesanato. Precisa inspiração, uma associação de ideias, um tanto de dedicação, outro tanto de atenção. Tudo isso pra que o objeto construído e modelado ganhe uma forma que agrade, que seja compreendida e que passe algum tipo de mensagem. Além disso, acredito também que é necessário um pouco de técnica, pra que as ideias sejam colocadas como peças de um mosaico, como matérias-primas de uma obra. Assim, a técnica fica como a argamassa que faz aquele rejunte fino, que sustenta as ideias de um modo seguro, claro, completo, compreensível, bonito.

Parece bobagem, mas o que tenho achado, nos últimos tempos, é que escrever é, também, uma arte. E aí talvez venham me dizer: sempre foi. E hei de concordar. Escrever é, sim, desde sempre, uma arte. No entanto, o que não tinha me dado conta ainda é que, isso que faço por aqui, ou por aí, talvez também seja uma pequena arte. E foi assim, durante essa epifania, que me vi, em algum canto, um pequeno artista - e aí, ai de mim, resolvi parar, porque isso já me pareceu muita pretensão.


sábado, 16 de fevereiro de 2013

Sintonia fina

Das coisas mais difíceis na vida, uma delas é tomar decisões. E aqui me refiro a estas decisões que se refletem nos anos vindouros, estas que merecem um capítulo no livro que conta a nossa história.

É certo alegar que podemos reverter qualquer escolha no futuro. Que nada é definitivo, que as coisas mudam (inclusive nós mesmos) e que a gente pode começar um novo traçado a todo momento. Sei disso, entendo perfeitamente. Tudo pode acontecer. Mais do que isso, teremos sempre o livre arbítrio ao nosso lado para nos levar a infinitos caminhos. O "problema" é que, mesmo entendendo isto, sonhamos e desejamos sempre acertar de primeira, não é? O que é natural. Para evitar sofrimentos, grandes mudanças ou a temida e superestimada perda de tempo. E assim as dúvidas se multiplicam.

O que estudar? Onde trabalhar? O que fazer? Como saber se estamos certos com tantas opções que existem por aí? Tão difícil, tão delicado, tão sutil. Complicado. No fim, nos resta prestar atenção naquilo que enxergamos por aí: as oportunidades, as possibilidades de sucesso, o que está ao nosso redor, o nosso jeito. Nos resta analisar onde podemos nos encaixar para viver de uma maneira mais completa, realizada, feliz.

O casamento, pra mim, é uma destas grandes decisões. Pra piorar, envolve outra pessoa. Envolve ainda a construção de um caminho de partilha, de companheirismo, de parceria. Envolve dividir momentos, alegrias, dores, aflições, dilemas, conquistas, medos, decepções e, veja bem, até mesmo estas grandes decisões. Pesado, não é?

Sabe, no final-final, seja pra qual decisão for, acho que nos resta seguir aquilo que a gente sente. Mais do que isso, acredito que nos resta encontrar a sintonia que apresente o batuque que antecipa aquelas canções que justificam o nosso viver.

É... É hora de estar atento.

+

Domingo. Na praia, no sol, no mar ou num navio a navegar...


Quem vai sorrir? Quem vai chorar?

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Amoroso

Disse alguém que há, bem no coração, um salão onde o amor descansa


♥♥

Ai de mim, eu tão sozinho

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Pessoa(s) e pessoas


acho que é uma questão de gosto, estilo e desejo de cada um. há quem diga: "não sei quantas almas tenho". como algo definitivo, concreto, completo, finito. assim, a partir disso, me parece que o viver se torna algo marcado por uma dúvida convicta, algo a espera do que pode acontecer daqui a um minuto ou a um segundo, como se a resposta fosse aparecer prontamente, em passe de mágica. como alguém que não sabe pra onde vai e vai vivendo, lembrando, imaginando, sem saber ou entender.

tenho pra mim, no entanto, diferente. acredito que o ponto seja: "pra que saber quantas almas tenho?". deste modo, me parece que fica tudo indefinido, maleável, incompleto, infinito. e aí penso que, talvez, meu gosto, estilo, desejo, seja mesmo por aqueles que me mostram o que tá por aí e que antes não vi. talvez minha atenção seja mesmo por aqueles que me mostram a cada dia mais e mais perguntas e menos e menos respostas definitivas, concretas, completas, finitas.

sente o espaço que uma interrogação proporciona?

domingo, 27 de janeiro de 2013

Fatal

O som ao redor: belo filme esse.

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E o que ecoou por aqui hoje foram as pás dos helicópteros batendo no ar enquanto traziam alguns dos feridos na boate de Santa Maria. Pouco consegui acompanhar pela televisão. Tristeza.

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Fora isso, mais um monte de coisas que ainda não consegui alinhar por aqui. Falo, não calo, não falo. E fico com a Gal cantando. Algumas lágrimas bastam pra consolar.

Tudo em volta está deserto, tudo certo. Tudo certo, como dois e dois são cinco.


quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

pra lembrar

Como os recursos de expressão eram minguados, tentavam remediar a deficiência falando alto (Graciliano, em Vidas Secas).

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Tudo o que é imaginário tem, existe, é (Estamira).

domingo, 20 de janeiro de 2013

Uma aprendizagem

Dessas coisas que aprendi na vida, uma delas é a que diz "nobody wants you, nobody needs you, nobody wants you when you're down and out". E sabe por quê? Porque é exatamente isso! Ninguém precisa de ti quando estás triste e mal. Ninguém te quer assim. Ou você acha que alguém vai te querer quando estás pra baixo, desanimado e desencantado com a vida?

Assim, pra bem viver, acho que a saída pra esses momentos tristes ou de desencanto é se entocar. Não sair espalhando o desânimo por aí ou, pior ainda, culpando alguém por isso. O jeito é ficar quieto, sossegar, se valorizar, ver o que tem de bom na vida e tocar em frente. Com a cabeça, tranquilo, sereno. Esses momentos sempre passam. Não é verdade?

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Pois então. Esses dias, de quarta pra quinta acho, próximo das quatro da manhã, teve barraco aqui em frente ao prédio. O guri, uns 20 e poucos anos, tinha levado um fora da namorada. E provavelmente tinha bebido um tanto. A guria tinha chamado um táxi, tentava ir embora e ele, de chinelos e sem camisa, mantinha a porta do táxi aberta e gritava meio que chorando pra rua toda ouvir (mas pra rua toda mesmo): "por que tu tá fazendo isso comigo? o que foi que eu te fiz? eu vou me matar! eu te dei uma bolsa de 300 dólares!".

Juro que ouvi e vi tudo isso. Com a cara inchada de sono, pensando se era comédia ou tragédia. E a guria, de dentro do táxi, meio que chorando assustada, gritava: "Lucas, para!!! Para Lucas!!!".

Resultado: o taxista chamou mais quatro taxistas pra tentar tirar o guri que estava pendurado na porta do carro. E aí, quando chegaram os outros táxis, apareceu o anjo do guri, o segurança do prédio, que fez ele se soltar da porta e evitou que o guri apanhasse feio.

Depois disso ele entrou. Batendo os portões, cheio da razão. Ai de nós.

Fica a torcida pra que tenha servido de lição pra muita gente por aí...

sábado, 12 de janeiro de 2013

Ainda lembro

Não sei se já escrevi isto por aqui, mas sou campeão de me apegar a algumas coisas bobas. Uma destas é uma pilha de post-its que mantenho aqui ao lado do computador. Nestes pequenos bilhetes tenho o hábito de anotar alguns trechos de música, de livros e de coisas bonitas que leio ou ouço por aí. Não sei bem porque faço isso, mas talvez seja pra lembrar o tanto de beleza que há por aí, ou então tudo aquilo que me mobiliza. Nesta mesma lógica, guardo também ingressos de cinema, bilhetes de embarque e entradas de shows - todos estes na primeira gaveta. Todos diferentes, mas todos cheios de marcas e de lembranças que não saem de mim. Todos que me remetem a alguém ou a algum lugar que, certamente, jamais esquecerei.

Pois bem. Esses dias a moça que fazia limpeza aqui em casa me surpreendeu. Pediu as contas. Mas não contente em pedir só isso, ela pediu também pra levar a minha querida pilha de post-its. Aquela mesma onde guardei as palavras que tanto me apeguei e que tanto repeti por aí ou por aqui sem mais nem porquê. Meio que me desconcertou o pedido, não esperava. Tentei ajustar os interesses e ofereci copiar e passar os trechos para uma folha única, mas ela nem aceitou. Meio desorientado ainda, disse que não podia me desfazer das minhas lembranças em seu formato original. Falei do tempo que levou pra se formar e o tanto que representa pra mim. Ela entendeu, ficou tudo bem. Suspirei.

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"O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem (ROSA)".


quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

eclipse

as palavras são feiticeiras. capazes de nos aproximar, preencher e transformar, elas são capazes também de nos machucar, ferir e marcar. expressadas com ou sem segundas intenções, é a força delas que me assusta e cala. respeito.

para bem viver, espero sempre encontrar as mais apropriadas. por mim, por ti, por nós.