Nos dias em que a tristeza bate mais forte, ela chega de mansinho. Chega pelos cantos, pelas paredes, pelos copos, pelo cinza do dia. Chega úmida de sentimentos. Chega com a fragilidade e a delicadeza de um cristal. Chega como um cansaço sem fim. Chega como a solidão que acaba no abraço.
A tristeza, pra não passar desapercebida, escapa pelos olhos fundos, indecisos, mareados. A tristeza, apesar de assentada no vazio, preenche, se espalha, transborda. A tristeza é aquática. Sem rumo, a tristeza navega, ancora no peito, se instala. A tristeza é fria, feia, desarrumada. A tristeza é escura, soturna, calada. A tristeza não responde. Perdida, a tristeza se isola, escapa da vida, se distrai em si mesma.
Quando viva, a tristeza faz a gente mais humano. E demonstra até uma esperança de um dia não ser mais triste não...
domingo, 11 de agosto de 2013
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