segunda-feira, 27 de maio de 2013

Viver

Até que ponto uma realização sua te deixa mais distante de sua próxima realização?
Até que ponto a satisfação de um desejo seu atrapalha seus próximos dias?
Até que ponto a não realização de um desejo te deixa mais frustrado?
Até que ponto o conformismo não te fere?
Até que ponto o conformismo te fere?
Até que ponto você consegue lidar com as escolhas que faz?
Até que ponto você consegue lidar com aquilo que você não escolhe?
Até que ponto vai o seu sofrimento? A sua dor? O seu desejo? A sua frustração? O seu amor? A sua tristeza?
Até que ponto você se aguenta? Se perdoa? Se condena?
Até que ponto você condena os outros?
Até que ponto você está certo?
Até que ponto você está errado?

Sabes?

terça-feira, 21 de maio de 2013

Turn to water

Cuidei de você. Como cuidaria de um pássaro com uma asa quebrada. Cuidei com cuidado, com carinho, com afeto. Cuidei pra que cicatrizasse o que estava ali te machucando. Cuidei pra que você ficasse bem. Cuidei pra que você voltasse a ter forças. Cuidei pra que você voltasse a enxergar o que há de belo por aí. Cuidei pra que você voltasse a acreditar em você. E, após todos os nossos momentos, sabe o que aconteceu? Morri de orgulho quando percebi que você conseguiu, que você ficou forte, que você venceu tudo aquilo que estava ali te machucando, que seu olhar voltou a brilhar. Me comovi ao perceber que você cresceu, amadureceu, recuperou as forças, voltou a ter fé na vida e, então, me agradeceu com o abraço mais quente e sincero que já senti. Você me fez sentir realizado. E então você partiu.

Você cuidou de mim. Como quem cuida de um pássaro com uma asa quebrada. Cuidou com cuidado, com carinho, com afeto. Cuidou pra que cicatrizasse o que estava aqui me machucando. Cuidou pra que eu ficasse bem. Cuidou pra que eu voltasse a ter forças. Cuidou pra que eu voltasse a enxergar o que há de belo por aí. Cuidou pra que eu voltasse a acreditar em mim. E, após todos os nossos momentos, sabe o que aconteceu? Você morreu de orgulho quando percebeu que eu consegui, que eu fiquei forte, que eu venci tudo aquilo que estava aqui me machucando, que meu olhar voltou a brilhar. Comovi você te fazendo perceber que cresci, amadureci, recuperei as forças, voltei a ter fé na vida e, então, agradeci com o abraço mais quente e sincero que pudia dar. Fiz você sentir a realização. E então fiquei aqui, sentindo a sua ausência...

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Fico na dúvida

Será que sou uma pessoa horrível?

Ou será que só não sei lidar com o que os outros dizem e fazem?

Seja qual for a resposta, tem dias que me sinto praticamente um projeto de monstro...

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Série de derrotas

Não sei bem de onde vem esse meu gosto por relacionamentos impossíveis. Fico pensando que talvez seja culpa de alguma carência, que faz com que me envolva sem muito refletir. Ou então que talvez esse gosto seja culpa da minha juventude, que não me agrega o conhecimento e a experiência necessários pra discernir o promissor daquilo que não é. Penso, também, que esses meus consecutivos desastres sentimentais talvez aconteçam por causa daquilo que existe em mim e que me faz ver esperança em tudo.

Não sei se consigo me fazer entender. O que acho que acontece comigo é que acabo alimentando uma esperança, uma expectativa de que tudo pode acontecer, de que pode acontecer qualquer coisa... E é essa esperança (que me leva a pensar que, seja o que for, é, sim, possível), que acho que me atrapalha. Acho que ela me faz ver um brilho nas pessoas que talvez não exista. Mais do que isso, acho que ela me faz ver sintomas, expressões, cuidados e afetos que talvez não sejam tão coloridos quanto eu os vejo.

No final, invariavelmente, acabo só. Pra piorar, me ponho a colar os cacos enquanto me condeno em pensamentos, verificando e relendo momentos que me levam a crer que estava claro, desde o início, que sairia derrotado mais uma vez. E aí nesse ponto que me vem as perguntas: como pude não ver? Por que deixei desenvolver esse sentimento? Por que? Por que? Por que tão burro?

E agora? o que faço com isso que sinto?

terça-feira, 7 de maio de 2013

Doce flutuo

É doce morrer no mar