sábado, 31 de julho de 2010

Posso estar errado

Talvez seja uma bobagem isso que eu esteja pensando mas, de fato, acho que passamos a administrar melhor nossos sentimentos a partir do momento que passamos a entender de onde eles surgiram.

Pensar naquilo que nos incomodou, ou então que nos agradou, pode ser um primeiro passo para a aceitação de que fatos, palavras e atitudes exercem sim um poder muito grande sobre nós. Dessa forma, aceitar que aquilo que um dia aconteceu é causador da forma como tu lidas com as coisas (e também um agente determinante da forma como tu te comportas), pode ser uma etapa importante para uma sobrevivência e convivência melhor com tudo e com todos (pra mim é, ao menos).

É nessa hora que vão me dizer que estou viajando e que nem tudo tem explicação. Mas será?

Talvez seja meu comportamento, meu jeito determinístico, ou minha mania de achar que nada acontece por acaso, e que estamos sim sendo frequentemente moldados por aqueles que nos cercam, mas chego a pensar que até meu amor por alguém tem explicação (por mais que pareça não ter). Os sentimentos, os traumas, as aflições não são características que nascem conosco, e sim aspectos que foram (e vão sendo) desenvolvidos com o tempo. Assim, o meu amor, ou a minha amizade, ou a minha indiferença, por alguém não é algo que surge e acontece por acaso - se eles aconteceram e acontecem é porque me deram motivos para isso.

Mas talvez eu esteja errado também, viajando em algo tão incompreensível como os sentimentos, vai saber.

Enfim, o que posso dizer é que falar sobre aquilo que me incomoda ou que me incomodou (nos outros e também em mim mesmo) tem servido bastante. Tem aparecido como aquele alívio pós-vômito, como o regozijo ao expelir o que ficou anos preso e corroendo como algo estranho e incompreensível. Agora acho que falta pouco pra colocar pra fora absolutamente tudo e reconhecer que, por mais que tenha puxado meu freio muitas vezes, talvez tenha servido pra me preparar melhor pro que vem por aí.

sábado, 24 de julho de 2010

Que atire a primeira pedra

quem nunca ficou lamentando. Ou se perguntando...

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Sou louco?

.

Adorei meus presentes, mas e se eu disesse que trocaria todos eles por consecutivos abraços?

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Balanço semestral ou Diário do movimento do mundo



Bom, eis que foi-se mais um dos meus semestres-ano. Foi-se mais um desses períodos que ocorrem entre o natal e meu aniversário (que meu RG diz que é amanhã) e o que dá pra dizer, sem pensar duas vezes, é: passou rááápido!

E digo mais: ainda bem. Este semestre, que pra mim tá acabando agora, foi, como talvez eu já esperasse (visto que dois mil e nove foi o melhor dos últimos anos), bem difícil.

Não por mim comigo mesmo, que talvez nunca tenha me encontrado tão certo daquilo que gosto, sonho, espero e quero, mas por tudo aquilo que aconteceu em minha volta. Muitas coisas desgastantes e alguns vários momentos tristes. Mas, de alguma forma, talvez tenham sido necessários, vai saber (?). Como dizem por aí, isso é coisa que o tempo vai dizer.

Com relação às expectativas para o próximo semestre, posso dizer que não são ainda muito boas. Mas talvez eu me surpreenda, sei lá. E nesse exato momento apareceu mais uma joaninha por aqui. Terceira do dia (!). Significa?

Tomara.

(tem sempre uma esperançazinha que não sai de mim).

*diário do movimento do mundo em alusão ao livro A elegância do ouriço, que li esses dias. Achei que se adequava.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Sonho meu

Aqui, sonho meu. AQUI!

sexta-feira, 16 de julho de 2010

doces sonhos

Sabe, aqui no sul tá fazendo um frio dos diabos. E aí, pra enfrentar toda essa massa de ar polar e esquentar um pouco o corpo, recorro frequentemente a uma boa e velha caneca de chá (que me acompanha por aqui aonde quer que eu vá). No quarto, na sala, na cozinha. À tarde ou à noite, ao lado dos livros, dos jornais, em frente a televisão, próxima a alguma bolachinha (ou não) - é fácil encontrá-la comigo. Ainda mais quando tá um dia escuro e cinza como o de hoje, né.

Pois bem, nesse exato momento, como não haveria de ser diferente, ela tá aqui, como uma extensão do meu corpo, como minha única companhia quente nesse final de tarde porto-alegrense. E foi há pouco que me peguei olhando e contabilizando os desenhoszinhos que tem nela. Por dentro: 3 folhas secas azuis. Por fora: 5 joaninhas vermelhas, 4 estrelas azuis, 4 flores coloridas, dois pares de coraçõeszinhos vermelhos, mais 3 folhas secas e mais uma série de corações vermelhos empilhados. Estes, uns posicionados do jeito normal de sempre, ou então virados pra esquerda ou pra direita. Mas tem um ali de cabeça-pra-baixo. E eu me apeguei a ele, sabe. Sempre olho pra conferir se ele continua do mesmo jeito. Fico achando que meu amor tem andado de ponta-cabeça.

Ah, doces sonhos é o nome do chá da caixinha azul que tomei hoje ;)

quarta-feira, 14 de julho de 2010

ai meu deuszinho

preciso muito de ti.

não aguento mais.

por favor, me ajuda.

terça-feira, 13 de julho de 2010

vontade de

viajar.

1. pra sair por aí sem rumo (como se fosse suficiente pra esquecer tudo que tá aqui);

2. pra sentir aquele prazerzinho de ver meu porto de novo pela janela na hora de voltar.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

você tem medo de sofrer?

Não é que eu goste de sofrer, ou faça questão que isso ocorra, não é isso, pelo contrário: ninguém gosta, e todo mundo evita sofrer (inclusive eu). É apenas um sentimento que me dá força, que me encoraja a encarar o que tiver de vir, o que tiver de ser, e que, de alguma forma, tira um pouco do medo do que pode acontecer (taí uma coisa que todo mundo tem né? medo).

De algum tempo pra cá tenho me apegado à música, e especialmente ao trecho, que canta "ninguém tem nada de bom sem sofrer". A grosso modo é bem isso mesmo, não é? Ou tu já viu alguém conquistar, alcançar ou viver alguma coisa boa sem um sofrimento precedente?

Tá certo. Às vezes até pode acontecer de você ganhar algum prêmio promocional de rádio num golpe único de sorte na tua vida - e tu acreditar que é um sinal divino de alguma coisa - mas isso é fato raríssimo, uma sensação que poucos sentem, uma coisa indescritível e sem sentido algum. É exceção.

E aí me pego pensando que, no final das contas, a vida é algo próximo do se dar conta do sofrimento que é viver. É descobrir os limites de até onde tu aguenta pra viver aquilo que tu sonhas (que, por fim, acaba vindo não como um presente, mas como uma recompensa).

domingo, 4 de julho de 2010

de dentro de mim

Sabe, tem épocas que não tenho vontade de dizer nada mesmo. Simplesmente porque não acho que tenha algo a dizer, ou a contar. Não estou vivendo um momento propriamente bom - próximo daquilo que imagino como feliz - mas também não tá esse desastre todo.

Até poderia reclamar de umas coisas aqui, ou ali, que me incomodam ou me chateiam, mas aí, sabe o que acontece? Me toco. Meus problemas e minhas dificuldades não são lá muito grandes, não preciso olhar nem muito longe pra ver que tem gente muito mais fudida do que eu - entre familiares e amigos, inclusive. Me sinto envergonhado de falar qualquer coisa, me parece ridículo. Como se fosse, como dizem, a famosa reclamação de boca cheia.

E aí eu me calo, fico quieto no meu canto. Com meus sonhos, minhas expectativas, meus desejos, minhas frustrações e minhas conclusões.