sexta-feira, 17 de julho de 2015

Feito de lembranças

Ingressos de cinema, teatro, show. Lembranças de viagens, post-its com umas frases curtas, convites importantes, cartões de aniversário. Não sei exatamente porque faço isso, mas guardo essas coisas... Pensando um pouco, vejo que gosto de guardar elementos que compõem a minha memória e também aquilo que sou. São coisas simples, mas que me explicam. São coisas que, quando as visito, me fazem lembrar o tanto que já senti nessa vida.

Pois bem, além dessas lembranças que já falei, também guardo, em minha carteira, alguns poucos pedaços de papel dobrados em mil vezes. Nesses papeis estão escritas uma belezinhas que me comovem e que, volta e meia, pego pra ler.

Entre elas, desde o ano passado, está um recadinho que recebi de uma empregada que trabalhava aqui em casa. Com quem conversava, às vezes, quando eu estava por aqui. Em geral não eram conversas longas, mas sempre bastante reflexivas. Relacionamentos, sentimentos, pensamentos... 

Não lembro exatamente quando começamos a conversar sobre esses temas. Mas o que percebi foi que ela só queria alguém que a escutasse e a ajudasse a pensar. Como a gente também quer, de vez em quando... E assim eu ia. Afinal, a gente não perde nada se dedicar, de vez em quando, 15 minutos do nosso dia para ouvir alguém que está precisando ou querendo conversar, não é mesmo? Em geral a gente só ganha.

Pois bem, essa mesma empregada me deu, ainda no ano passado, um recadinho com uma pedra em formato de coração que me deixou muito comovido. Passei um tempo em dúvida se devia colocar aqui, mas cheguei a conclusão que compartilhar belezas, delicadezas e gentilezas está entre os maiores prazeres que a gente pode ter nessa vida.