terça-feira, 6 de agosto de 2013

São tantas coisas azuis

Acho que tenho enraizado o que outrora disse Clarice: "Amar não acaba. É como se o mundo estivesse a minha espera. E eu vou ao encontro do que me espera".

Ter ido ao encontro do que me esperava com certeza foi a viagem mais arrepiante que fiz na vida. Não porque soubesse o que me esperava, porque não sabia mesmo. No meu estado consciente, ao menos, não sabia que existia qualquer chance. Mas aí, quando acontece o que você tantas vezes desejou, sem você fazer nada por isso, fico pensando que é coisa dessa vida, que é curiosa por demais.

Não sei dizer se foram os astros, os signos, os búzios. Tão pouco sei se foi artimanha da vida pra esfregar alguma coisa na minha cara. Não sei mesmo. O que sei é que foi das sensações mais estranhas que já senti. Porque não estava preparado. Porque meu corpo tremeu. Porque fiquei tenso. Porque minha voz travou. Porque foi, de longe, a sensação mais absurda que já passou pelo meu corpo...

Passado tudo, Clarice ecoa: "Amar não acaba". Será possível?

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