Tem épocas que a vida ganha uma velocidade sem sentido. Não que tenha que ser tudo aos poucos, mas acredito que, às vezes, é preciso um pouco de sossego. Um dia de folga, uma tarde de sol, uma fuga pro litoral, pra serra ou pra dentro de si. Mais do que preciso, ou necessário, diria que é vital. São nesses momentos de afastamento que, em geral, conseguimos acertar os ponteiros, ponderar o passado e o presente, superar o que dói ou aquilo que fez mal, não é? São nesses momentos que a gente se dá conta de toda beleza que há e de toda a sorte que tem. E aí vem de dentro aquele pequeno prazerzinho pessoal, aquele que nos faz pensar gracias a la vida, que me ha dado tanto...
De qualquer forma, enquanto não consigo esse tempo pra mim, pra minha cabeça, pro meu corpo ou pro meu coração, vou tocando por aqui. Preenchendo meus dias e minhas noites. Com aulas, estudos, trabalhos e amigos, tenho conseguido a proeza de não sentir a vida passar. Mais do que isso, tenho me espantado ao perceber como tenho conseguido fazer tudo o que quero, apesar dessas coisas deixarem como lembrança uns cabelos no chão, uns roxos sob meus olhos e o mesmo corpo magro de sempre. Além disso, o que mais me impressiona é que, apesar de tanto viver, quem predomina nessa avenida entre a razão e o coração ainda é meu grande amor.
E são nos instantes em que há algo indo e vindo nessa via de mão dupla que chamo, invariavelmente sem sucesso: Amor...
segunda-feira, 15 de abril de 2013
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