Tô há dias pensando que escrever é, praticamente, um artesanato. Precisa inspiração, uma associação de ideias, um tanto de dedicação, outro tanto de atenção. Tudo isso pra que o objeto construído e modelado ganhe uma forma que agrade, que seja compreendida e que passe algum tipo de mensagem. Além disso, acredito também que é necessário um pouco de técnica, pra que as ideias sejam colocadas como peças de um mosaico, como matérias-primas de uma obra. Assim, a técnica fica como a argamassa que faz aquele rejunte fino, que sustenta as ideias de um modo seguro, claro, completo, compreensível, bonito.
Parece bobagem, mas o que tenho achado, nos últimos tempos, é que escrever é, também, uma arte. E aí talvez venham me dizer: sempre foi. E hei de concordar. Escrever é, sim, desde sempre, uma arte. No entanto, o que não tinha me dado conta ainda é que, isso que faço por aqui, ou por aí, talvez também seja uma pequena arte. E foi assim, durante essa epifania, que me vi, em algum canto, um pequeno artista - e aí, ai de mim, resolvi parar, porque isso já me pareceu muita pretensão.
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
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