quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Fé na vida

Tô há dias pensando que escrever é, praticamente, um artesanato. Precisa inspiração, uma associação de ideias, um tanto de dedicação, outro tanto de atenção. Tudo isso pra que o objeto construído e modelado ganhe uma forma que agrade, que seja compreendida e que passe algum tipo de mensagem. Além disso, acredito também que é necessário um pouco de técnica, pra que as ideias sejam colocadas como peças de um mosaico, como matérias-primas de uma obra. Assim, a técnica fica como a argamassa que faz aquele rejunte fino, que sustenta as ideias de um modo seguro, claro, completo, compreensível, bonito.

Parece bobagem, mas o que tenho achado, nos últimos tempos, é que escrever é, também, uma arte. E aí talvez venham me dizer: sempre foi. E hei de concordar. Escrever é, sim, desde sempre, uma arte. No entanto, o que não tinha me dado conta ainda é que, isso que faço por aqui, ou por aí, talvez também seja uma pequena arte. E foi assim, durante essa epifania, que me vi, em algum canto, um pequeno artista - e aí, ai de mim, resolvi parar, porque isso já me pareceu muita pretensão.


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