Arrependemo-nos raramente de falar pouco,
e muito frequentemente de falar demais.
sábado, 27 de abril de 2013
Vazio e farto
Mais do que a falta de descanso, mais do que a falta de uma vida encaminhada, mais do que a falta de desejos realizados, mais do que a falta de um tanto de coisa que poderia citar, o que tem pegado por aqui é a falta do toque. E aqui, veja bem, não me refiro a sexo, por mais que, não minto, falte também. O toque que me refiro aqui são esses pequenos gestos que preenchem a gente de alguma forma. São esses abraços que nos confortam, esses colos que recebem as nossas cabeças cansadas, esses ombros que recebem os nossos ouvidos exaustos de tanto barulho. Diria aqui que esse toque que me refiro, e que me faz falta, são esses poços de tranquilidade que, às vezes, aparecem no meio da multidão e das sensações pra nos dar a esperança de que a vida pode ser, sim, saboreada como ela merece.
É fato também que esse toque geralmente vem acompanhado dessas palavras que transmitem, mais do que confiança, a segurança de que tudo vai ficar bem. E aí concluo que é desse aveludado que se cria a partir da união do toque com a palavra que sinto falta. Pra dormir bem, pra tranquilizar a cabeça, pra acalmar o coração. Pra acreditar que, de fato, a primavera está quase aí.
"Gostaria de transmitir a leveza; aquilo que é sentir uma sensação sem peso".
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