terça-feira, 31 de julho de 2012

Silêncio

Não sei explicar o que acontece nesses dias em que fico assim, tão sem palavras. Talvez seja coisa da idade, da fase. Talvez seja coisa das mudanças ou das novidades que essa vida traz. Talvez seja coisa da solidão ou do medo dela. Mas talvez seja mesmo uma coisa de dentro de mim. Coisa normal pro meu jeito de ser, de agir, de pensar. Coisa que às vezes me faz parecer estranho, mas que talvez seja só uma defesa, uma maneira de aterrar tudo o que está sobrando por aqui e que tem balançado nos últimos vendavais.

Não há um grande problema. Isso é certo. Está tudo relativamente em ordem. Família, amigos, saúde, saldo bancário, tudo certo, sem problemas ou pendências. E aí se calar parece uma atitude tão antinatural, visto que há tanto que poderia ser contado a partir do que tem acontecido e mexido com tudo por aqui, que me pergunto: o que é que há, heim?

Procurar explicações quase sempre é bobagem. Além de pouco resolver, nos coloca mais dúvidas na cabeça, uma vez que nos remete a memórias e a sensações que foram vividas e que, de alguma forma, jamais vão deixar de existir dentro da gente. E aí é um auê só, não é? Por aqui posso dizer que essas sensações são, hoje, o que me alimentam, na medida que me fazem perceber o quanto tive sorte nessa vida, mas também o que contribuem pra que essa boca fique fechada, evitando reverberar problemas pequenos e contribuindo pra que apareça esse silêncio de olhos atentos. 

No final das contas talvez seja só essa coisa de lembranças, essas marcas que vão ficando com a gente e que resolvem latejar quando a gente menos espera...


sexta-feira, 13 de julho de 2012

perto da claridade da manhã

não adianta, sempre vem a vida e surpreende. sempre.

sempre? palavra estranha essa...

no mais só um cansaço do mar sem fim