domingo, 18 de dezembro de 2011

essas histórias de você

olha, estou em uma fase em que está cada vez mais difícil encontrar palavras pra descrever algumas coisas e algumas sensações... a última que me aconteceu foi em uma sala de cinema, assistindo ao último (e ótimo) documentário do Eduardo Coutinho (As Canções).

a ideia não é exatamente a coisa mais original do nosso brasil brasileiro (pessoas comuns, sentadas em frente a uma câmera contando e cantando as canções que mais marcaram suas vidas), mas é exatamente aí que mora toda a emoção do filme. assistir àquelas simples criaturas declamando aquelas músicas, contando aquelas histórias e tentando traduzir aqueles sentimentos é coisa linda do mundo - faz a gente não se sentir sozinho, e também acreditar que o mundo todo tem um grande amor dentro de si.

em mim os momentos de emoção não foram poucos - confesso que me lavei em lágrimas. não sei se por carência, ou por simples identificação mesmo. fato é que o documentário me deixou pensando no quanto pode ser lindo e doloroso o sentir. seja como for, foi ali naquela tela que me reconheci simples, humano, qualquer.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

sinta o gosto do sal

Ando bem centrado nessa coisa de que a vida é uma sucessão de fases. Um pouco pra não querer atropelar os fatos e os sentimentos, mas muito também pra não ser mais uma vítima dessa ansiedade que anda engolindo tanta gente por aí.

Pois então, enquanto me sinto nesse estágio final-de-uma-fase-início-de-outra, o que me move no momento é o desejo de ter o meu próprio espaço. Minha casa, meu lar, meu céu.

Ainda esses tempos imaginei as paredes, as estantes, as coisas. Ainda esses tempos imaginei o clima que quero que tenha no meu canto, e também as pessoas que gostaria que passassem algumas (ou muitas) horas no meu mundo.

Imaginei também as músicas, as cores, os objetos, o cheiro e a luz. Sabe, imaginei o jogo de panelas, as toalhas de banho e as roupas de cama também...

+

"a cada milágrimas sai um milagre". ah que acho tão lindo isso.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

plenitude sem fulminação

como meu grande amor tem andado em um universo que não sei bem qual é, tenho dado chance - e com relativo sucesso - a um outro grande amor meu. amor que me completa, amor que me emociona, amor que me leva a lugares que nunca imaginei pisar (falo d'a música).

tenho experimentado distintos sentimentos em cada um desses shows a que vou. tristeza, felicidade, desilusão, esperança. alegria, solidão, tranquilidade e emoção também são palavras que tentam traduzir aquilo que acontece comigo. a verdade é que, cada vez que acaba cada um destes encontros, sinto como se tivesse levado uma injeção de vida nas minhas veias - uma injeção repleta de um sentimento que me leva a pensar que a vida, apesar de, é.

participar do espetáculo indivisível de zé miguel wisnik se tornou mais um desses momentos que quero guardar dentro de mim - e que quero que se repitam muitas e muitas vezes nessa minha vida insossa. bobo que sou, preciso disso pra viver, pra respirar; sobretudo, preciso pra me sentir privilegiado e poder agradecer por cada coisa linda que vivo, escuto - e sinto.

em mim a música percorre, preenche; a música ocupa; em mim a música é tempo, pensamento; em mim a música são meus olhos marejados e repletos daquilo que é sentir.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

caminhos cruzados

outra noite sonhei que tínhamos uma filha pequena e que ela tinha tirado uma foto nossa. aparecíamos apenas do joelho pra baixo, sentados em um sofá azul, com os pés sobre um pufe. foi bonito.

depois ficamos conversando sobre o quanto ela devia achar os nossos pés grandes e fantásticos...

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Dois ou um

Essa coisa de fazer alguns programas sozinho mexe comigo. De voltinha no bairro até um filme qualquer no cinema. Sempre acontece alguma coisa, vem um sentimento diferente - bom ou ruim, tanto faz. Fato é que invariavelmente tudo isso me toca em algum lugar.

A última que me aconteceu fui em um show. Estava lá, bem no meio da plateia, cercado de centenas de desconhecidos quando o espetáculo começou - e a primeira música se referia a um alazão correndo em uma terra seca, sob o sol forte. Pois bem, o que senti foi um arrepio que chegou até a raiz dos meus cabelos. Difícil de explicar... Me perturbou a cavalgada.

Imaginar o galope e aquele vendaval na cara me quebrou e me reconectou, mexeu comigo de uma meneira que há muito não acontecia. E aí fiquei pensando o quanto estarmos "sozinhos" nessas situações nos deixa mais expostos, mais atentos e mais propensos a nos emocionarmos.

Ao final fiquei pensando que, se estivesse com alguém ali, não sentiria um frio na espinha tão forte. De qualquer forma, cada vez que aparecem essas sensações nas minhas andanças, fico pensando em como ficaria feliz se naquele momento pudesse estar dividindo essas emoções - e de como a vida perde o sentido quando não podemos / conseguimos dividir o que sentimos. Ai de nós.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

debaixo d'água tudo era mais bonito

Acho que é meio geral essa coisa de pensar que o pior momento é agora. Não vejo um, nem dois, mas vários. Muita gente cansada, triste, insatisfeita, trabalhando demais, ou de menos. Muita gente ansiosa por um dia melhor e mais próximo daquilo que a gente imagina como perfeito (e aqui me entrego réu confesso).

Acontece também que a gente tem a tendência de achar que o pior é aquilo que estamos vivendo - quase como um lamento por não ter mais a vida de antes, de pouca responsabilidade, onde a felicidade era encontrada em coisas mais simples e mais baratas.

Acaba que ficamos sofrendo pelo que está acontecendo ou, então, por aquilo que está por vir. Uma prova, um teste, um novo trabalho, uma viagem, uma apresentação, um cargo maior, uma vida que a gente nem imagina qual será. É ou não é? Quem nunca imaginou o fracasso, o pior, o desemprego, a dependência ou a solidão que atire a primeira pedra.

Mas, e no fim, o que acontece? Invariavelmente passa. E só aí a gente percebe que o bicho não era tão grande, que o monstro não mete tanto medo e que a gente vai, com o passar do tempo, aprendendo a lidar com o que nos assusta - e que tudo aquilo que nos aconteceu durante toda a vida nos preparou justamente pra isso.

Que a gente nunca se esqueça do quanto é bom respirar.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Os átomos todos dançam

Não sei se acontece com todo mundo essa coisa de se comover com umas coisas bobas. Hoje foi uma mensagem. Simples e simbólica. E o dia pareceu de um colorido sem igual.

E aí conto tudo isso que vive dentro de mim. E o povo não acredita. Dá vontade de dar uma sacudida - é verdade, gente, acontece. É lindo, é vasto, vai durar - ok, convencido aceito, vamos com calma. Mas, de onde vem o que há de mais verdadeiro em mim, digo com serenidade: não há de ser ruim, não ♥

E me vem a vontade de cantar desafinado ao pé do ouvido:

Teu cabelo preto
Explícito objeto
Castanhos lábios
Ou pra ser exato
Lábios cor de açaí

E aqui, trem das cores
Sábios projetos:
Tocar na central
E o céu de um azul
Celeste celestial...




Lindo, lindo...

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

à flor da pele

esse sentimento de partida e as emoções a mil.

alguém segura?

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Plano de fuga

O melhor de tudo é esse lugar aonde vou de vez em quando. Tem luz, paz, tranquilidade. É lindo. Distante. Cheio de animais coloridos e faceiros.

E fico imaginando um chafariz embaixo da minha cama.

E sem drogas.

Quer que te mostre o caminho?

sábado, 29 de outubro de 2011

A gaveta das lembranças

Tenho uma série de coisas a aprender na vida. Uma delas é aprender a me desapegar de algumas coisas, e também alguns sentimentos. Essa coisa que sinto, que me faz carregar aquilo e aqueles que fizeram sentido na minha vida me dá raízes, histórias, experiências, alegrias e boas lembranças - mas também, em alguns momentos, acho que me impede de voar em um plano diferente do que estou.

A dificuldade de esquecer aquele que tenho como grande amor hoje me destrói aos poucos. A vontade de dizer tudo que se passa por aqui aparece com grande frequência - no entanto, esse desejo é reprimido pelo receio da resposta seca e fria (e da consequente tristeza que aparece quando a gente abre o coração pra alguém que parece não nos entender). O silêncio do sentimento calado e reprimido então me faz pensar que isso é assim mesmo. E que a vida nada mais é do que uma sucessão de traumas e dores. Mas enquanto isso tudo não passa... Dói um pouquinho a mais.

E então me dou conta do porque tenho dificuldade de abrir a gaveta onde guardo todos os rascunhos de cartões, bilhetes e postais que escrevi. Onde guardo os sentimentos que me mobilizam e me emocionam. Onde guardo o que considero lindo. Onde entendo porque essa saudade não tem fim.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

minha falta de voz

(ou da mania de aterrar ou uma reclamação ou de como sou idiota)

Só pra variar, tenho pensado um tanto em tudo. E a - veja bem - grande conclusão a que cheguei esses dias é que meu maior problema é justamente eu mesmo (!). Sei que a autodestruição não leva a lugar algum, mas sei também que ter raiva dos outros e do mundo também não, não é? Então acho que prefiro destruir a mim mesmo do que aos outros por uma simples questão de consciência e praticidade - comigo me condeno, comigo me acerto e, entre os feridos, salvam-se todos.

O que tem me incomodado nos últimos tempos é o simples fato de cogitar que dou mais do que recebo. E isso é muito sério. Sempre pensei e, de alguma forma, ainda penso que invariavelmente a gente dá mais do que recebe - simplesmente porque a gente enxerga as coisas sob a nossa perspectiva e porque, quase sempre, a gente faz o que pode pelos outros, por nós e pelas nossas relações (todos estamos sujeitos a limitações). Seja como for, nunca me importei de dar mais do que receber - seja presentes, ouvidos, atenção ou carinho. Sempre procurei dar justamente aquilo que gostaria de receber - por mais boboca que possa parecer quando se diz isso.

O que tenho sentido ultimamente, no entanto, é uma certa instabilidade - algo raro de acontecer de verdade por aqui. E aí, o que acontece? Não grito, não esperneio, nem tão pouco faço um grande drama em cima disso tudo. Tenho mania de aterrar. Internalizo, me acalmo, invariavelmente passa. Mas isso tudo não impede que me sinta carente. Também não impede que eu sinta que deveria receber algo parecido com o que fiz muitas vezes. Nem tão pouco impede que eu ache que não sei me expressar e fazer acontecer aquilo que gostaria que acontecesse. E aí bate uma certa tristeza com a vida, e vem aquele sentimento de abandono e aí...

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

com perfeita paciência

A angústia que tem tomado conta de mim nas últimas semanas talvez evidencie que a tranquilidade por aqui tenha chegado a limites mínimos. Limite em que as coisas parecem por um triz, limite onde a vida clama por mudança - limite em que você já não suporta qualquer coisa.

A dificuldade de sair do estado de dormência, no entanto, é algo que atinge a quase todo mundo - sair do chão, do estável, da terra é algo muitas vezes assustador mesmo. E aí é um deus nos acuda pra encontrar respiração que sustente o equilíbrio (ou otimismo que sustente a insegurança do novo).

Talvez o desafio seja justamente esse: encontrar a serenidade que não deixe você se afobar e também a força que auxilie você a mudar sem perder o seu norte. Nesse momento me sinto amador em muita coisa. Muito guri, muito inexperiente, muito alguém que não sabe nada da vida, muito alguém que não supera o que sente. Muito alguém fraco.

E essa é a vida fazendo meu coração ficar frio. Muitas dores, muitas lágrimas.

Hei de suportar. E aprender.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

puro amor

coisa mais linda



sexta-feira, 23 de setembro de 2011

e as palavras

"acredito em todos os meus sonhos"

domingo, 18 de setembro de 2011

me afogo

ai Lupicínio,

que que te deu, heim?



esses moços, pobres moços
ah, se soubessem o que eu sei
não amavam, não passavam, aquilo que eu já passei

por meus olhos, por meus sonhos
por meu sangue, tudo enfim
é que eu peço, a esses moços
que acreditem em mim

se eles julgam que há um lindo futuro
só o amor nesta vida conduz
saibam que deixam o céu por ser escuro
e vão ao inferno a procura de luz

eu também tive, nos meus belos dias
essa mania que muito me custou
pois só as mágoas que trago hoje em dia
e essas rugas o amor me deixou

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Tira Poeira

Sim, faço listas pra organizar a vida.

Fora isso, um nível de felicidade na cara da sociedade que não se vê num dia qualquer - apenas naqueles de véspera de feriado, onde o céu azul anuncia a primavera chegando.

E ai daqueles que vivem sem música dentro de si...

Quando eu piso em folhas secas
Caídas de uma mangueira
Penso na minha escola
E nos poetas da minha estação primeira

Não sei quantas vezes
Subi o morro cantando
Sempre o sol me queimando
E assim vou me acabando

Quando o tempo avisar
Que não posso mais cantar
Sei que vou sentir saudade
Ao lado do meu violão
Da minha mocidade...



Nelson Cavaquinho, ai ai

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Gracias a la vida

Sabe, não sei exatamente por que, mas cada vez mais me surpreendo quando as pessoas são gentis comigo. Talvez porque não esteja acostumado, talvez porque a maioria das pessoas não saiba o que é ser gentil, ou talvez porque gentilezas sejam aquelas coisas que chegam quando menos esperamos.

O que sinto é que poucas coisas são melhores do que quando alguém te faz alguma gentileza, não é? Porque a gentileza é algo que a pessoa não precisaria fazer pra ti, mas faz. Porque se preocupa contigo, porque te quer bem ou, de maneira mais simples, porque se lembrou de ti.

De qualquer forma, queira Deus e todos os astros que o mundo tenha ainda mais gentilezas. E que esse que aqui escreve e as pessoas que forem agraciadas com elas saibam reconhecê-las e agradecê-las com o devido carinho.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

não há nada de novo,

ainda somos iguais

então não me chame, não olhe pra trás



suspiros

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

da vida:

"todo amor e toda dor que não cabe no nosso peito, escapa da gente pelos olhos"

sábado, 6 de agosto de 2011

Nu com a minha música

Afora isso somente amor.

Hoje lembrei de um dia em que cantarolava enquanto caminhava por aí e um senhor virou-se pra mim pra dizer: quem tem a música como companhia nunca está sozinho. Achei bonito.

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E hoje tô assim...

Penso em ficar quieto um pouquinho Lá no meio do som
Peço salaam aleikum, carinho, bênção, axé, shalom
Passo devagarinho o caminho Que vai de tom a tom...


+

Sinto prazer

terça-feira, 2 de agosto de 2011

meus caros amigos

Sabe, das coisas boas dessa vida, uma delas é ter amigos. Porque amigos são aqueles que passam um tempão ser te ver e que, quando te veem, te fazem perceber o quanto vocês continuam os mesmos (mesmo que a vida os tenha levado para caminhos tão distintos).

Amigos não são aqueles que saem com você três vezes, amigos não são aqueles que se reunem para dar risadas junto a você, amigos não são aqueles que convivem ou compartilham algum período contigo, nem tão pouco aqueles que te dão dois ou três beijos na vida. Ser amigo é conhecer o teu jeito. Ser amigo é te defender perante os outros mesmo que você esteja errado. Ser amigo é ser honesto, verdadeiro, leal, cúmplice, parceiro.

Ser amigo é dividir os segredos, as aflições, os sonhos, os amores (e é por isso que nosso amor não é nosso amigo, por mais que ele sempre seja o maior deles). Ser amigo é desejar todo o bem do mundo, ser amigo é fazer por ele: uma palavra, um abraço, às vezes um silêncio. Ser amigo é se preocupar, é se emocionar com a emoção dele, é desejar ver seu sorriso mais uma vez.

Confesso que acho curioso essas pessoas que consideram qualquer um amigo. Que sentem saudades de uma relação que nunca chegou a ser aquela amizade que marca e que a gente sente falta pro resto da vida. Fico achando que são pessoas que não sabem bem o significado de uma amizade de verdade.

Enfim, seja o que for o que cada um encara como amizade, hoje queria fazer esta singela homenagem àqueles que são meus amigos (caso um dia venham a ler estas palavras). Queria deixar aqui registrado o quanto vocês são importantes pra mim, e o tanto que sou grato por tudo que dividimos juntos. Por mais repetitivo ou piegas que possa soar, gostaria que tivessem a certeza de que os levarei comigo para sempre :)

quarta-feira, 27 de julho de 2011

do Rio que mora em mim

Como é difícil escrever a respeito daquelas coisas que gostamos, não é? Pois, pra mim, falar do Rio é assim.

Tá certo que lá não é o paraíso, não é o lugar mais seguro do mundo, ou ainda o Porto onde me sinto em casa e tenho os meus cantos. Mas o Rio é leve. Apesar dos pesares, posso dizer com convicção: o Rio é leve.

É no Rio que me surpreendo com a beleza de uma cidade cravada numa paisagem única, é no Rio que vejo o povo mais aberto e receptivo ao que vem de fora, é no Rio que mais me emociono com a beleza de um samba triste.

É lá que se percebe o quanto se é pesado aqui, e o quanto esse clima do Porto nos leva a um jeito mais distante e reservado. É lá que me pergunto como pode um Rio ser tão distante de um Porto. É lá que meus sentimentos se espalham e se regeneram. É lá que cantarolo Pra que chorar se o sol já vai raiar? Se o dia vai amanhecer?

Pra que chorar se existe amor? A questão é só de dar, a questão é só de dor

quinta-feira, 14 de julho de 2011

seria muita sorte

Há tantos relacionamentos por aí que não dão certo...
Por que logo o nosso haveria de ser diferente, né?


quarta-feira, 6 de julho de 2011

The way i am

Às vezes queria saber explicar esse sentimento que aparece pra me dar força. Sei que não é otimismo, não é esperança, não é orgulho-próprio, ou qualquer coisa do gênero - o que aparece é um misto de sensações inexplicáveis e que me deixam assim, sereno, mesmo quando a situação não está tão tranquila assim.

Parece complicado, e é. Mas há algo mais inexplicável do que nossos sentimentos?

No final, acho que é isso: sinto coisas boas. Amo, quero bem, sonho alto, sonho lindo. Me imagino com família, com filhos, com projetos realizados e todos aqueles desafios que existem por aí. Me imagino tranquilo, contente, em paz com a vida. Me imagino longe, perto daqui. Pode?

Sabe, talvez eu seja bobo. Talvez eu sonhe alto demais. Mas talvez eu só tenha algo em mim que diga que as coisas podem dar certo...

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Tu tá bem?

Foi a pergunta que uma professora me fez, há alguns dias, em pleno ambiente acadêmico. Respondi que estava tudo bem sim, e culpei o final de semestre pela minha expressão desconsolada.

Concluí que nosso rosto, nosso jeito e nossas expressões nos denunciam muito mais do que imaginamos e desejamos. A pergunta chegou tão sorrateiramente que cheguei a titubear alguns segundos antes de responder (acredito que até ela deva ter percebido o meu susto pela pergunta e a minha dúvida quanto à resposta). Talvez a minha vontade fosse mesmo responder que não estava bem e que andava tudo bastante complicado pros lados que me movem.

Mas seria pesado demais reclamar de qualquer coisa, não? E ainda mais estranho abrir o coração ali pra uma pessoa que mal me conhece. Pra usar como consolo, com freqüência procuro pensar nas coisas boas que tenho, ou que já tive, e o tanto que isso me faz - ou me fez - uma pessoa mais feliz. Talvez seja resignação, mas é só um meio que encontro pra não reclamar da vida, das oportunidades e de tudo isso que acontece por aí e nos machuca um tantinho a mais a cada dia que se encerra.

Talvez seja bobagem dizer que se está bem quando não se está. E talvez seja mesmo. Mas talvez seja só uma maneira de despistar os outros a respeito do que está acontecendo e se transformando dentro da gente enquanto o tempo passa...

Sem mais eu fico onde estou, prefiro continuar distante...

domingo, 26 de junho de 2011

segunda-feira, 20 de junho de 2011

desabafo

milhares de pingos na janela e eu aqui: aflito e sem ar, dando nós em meu corpo

domingo, 19 de junho de 2011

é que o amor

não se dissolve assim
sem dor, se não for
até o fim

sexta-feira, 17 de junho de 2011

faça você mesmo

Das coisas difíceis da vida, a mais difícil delas é mudar. E, mais do que isso, é decidir mudar.

Não porque você é indeciso, ou porque você se acomoda na inércia. O que acontece é que decidir mudar exige uma certeza muito grande de que aquilo que está acontecendo, ou aquilo que você está sentindo, não está te fazendo bem.

E é extremamente difícil saber exatamente o que nos faz bem, ou o que nos faz mal, não é?

É tentar entender os sentimentos e é também, de alguma forma, ir contra ao sentimento que muitas vezes nos diz que as pessoas são assim, as pessoas tem dificuldades, as pessoas irão mudar...

Mas e aí? Até quando você suporta isso? Até quando você aguenta?

Venho falando por aí que a vida é muito descobrir os nossos limites. Descobrir até que ponto você aguenta pra ser feliz, pra conseguir o que você quer, pra chegar próximo do seu sonho, pra se sentir bem...

Depois de muitas lágrimas (e decepções), posso dizer que tenho descoberto vários limites meus. Tenho me conhecido muito e estado ainda mais atento para aquilo e aqueles que me fazem bem (e quero próximo a mim).

Essa semana pedi demissão. Posso dizer que foi difícil, doloroso... Mas há momentos em que temos que partir e deixar pra trás aquilo que não nos faz bem e correr atrás daquilo que nos faz feliz. Parece banal. Mas às vezes a gente esquece disso ;)

sexta-feira, 10 de junho de 2011

quando a cabeça pede uma trégua,

João Gilberto, por favor ;)



e aquela vontade de ir pra um lugar qualquer, pensar em coisa nenhuma... e forse un po' di pace tornerà

aiai





p.s.: João fazendo 80 anos hoje, pode? Afim de vê-lo em SP em Setembro...

quarta-feira, 18 de maio de 2011

dois

Amor também é gentileza...

segunda-feira, 16 de maio de 2011

o que é o amor pra você hoje?

AMOR pra mim hoje é respeito, admiração, companheirismo. Amor pra mim é dividir, perdoar, escutar. Amor pra mim é a pessoa que você ama no lugar que você mais gosta, amor são os olhos de quem você adora brilhando na mesma direção que os seus. Amor pra mim são as roupas dividindo a mesma máquina enquanto giram no sabão.

E aí... O que é o amor pra você hoje?







* O que é o amor pra você hoje é uma seção de um dos blogs que mais gosto, o don't touch my moleskine.

domingo, 15 de maio de 2011

às vezes

dá vontade de ficar assim, ouvindo Jazz, até que a noite acabe, o frio passe e essa sensação de vazio me abandone.

+

ah, se soubesse descrever a falta que sinto dos beijos com sabor de vinho

sábado, 14 de maio de 2011

ai de quem não rasga o coração

"mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão"



mas o que eu queria dizer mesmo era:

Podem me chamar (e me pedir e me rogar),
e podem mesmo falar mal (ficar de mal que não faz mal)

Podem preparar milhões de festas ao luar... que eu não vou ir,
melhor nem pedir: eu não vou ir, não quero ir

E também podem me obrigar, até sorrir, até chorar
e podem mesmo imaginar o que melhor lhes parecer

Podem espalhar que eu estou cansado de viver
e que é uma pena para quem me conheceu...

sexta-feira, 6 de maio de 2011

suspiros

A sensação que dá é que fiquei tão magnetizado pelo que ouvi no final de semana passado que nem todas as palavras do mundo serão capazes de descrever aquilo que senti.

Pode parecer bobagem, pode parecer exagero, pode parecer qualquer coisa. O fato é que o espetáculo da Bethânia me fez explodir diversas vezes em mim mesmo. Como se a cada verso um lado meu tivesse um espasmo de sentimento e emoção. Foi lindo.

Acredito que não poderia ter sido mais bonito e singelo. Meus agradecimentos a essa criatura que me fez e me faz sentir tantos sentimentos distintos. É muito provável que, enquanto houver a sua palavra, não me sentirei só.



Apesar das ruínas e da morte,
Onde sempre acabou cada ilusão,
A força dos meus sonhos é tão forte,
Que de tudo renasce a exaltação
E nunca as minhas mãos ficam vazias


(Sophia de Mello Breyner Andresen)

terça-feira, 26 de abril de 2011

nem desistir, nem tentar: agora tanto faz

hoje, enquanto ouvia a música no rádio, lembrei do poema que dizia:

Caminhante, passou por mim em passos lentos
Com uma blusa que jamais o vi usar e um cavanhaque
Ele que que tinha o rosto imberbe e cujas blusas eu lavava todas
Cruzou por mim na calçada e me olhou com olhos novos
Da mesma cor de antes mas eram olhos outros
que viram virgindaddes durante o nosso tempo apartado
Era ele mas era outro, e eu era eu mesma, e outra
E a distância entre nós era bem mais longa que aqueles passos curtos
E o tempo entre nós era infinito no nosso desconhecimento mútuo
Ele que tanto amei e ele a mim, que trocamos beijos mais que íntimos
Suas cicatrizes pelo corpo que lambi, e ele aos meus seios
Ele que não me foi secreto por anos e eu por ele igualmente traduzida
Caminhante, hoje passou por mim como se não houvesse passado
Ele, em passos lentos, fez um sinal educado com a cabeça
Eu, com meio-sorriso, fiz que não tinha importância


[Martha Medeiros]

achei bonito...

domingo, 24 de abril de 2011

e a gente dormir

Aí que às vezes da vontade de dormir demais. Por meses. Pra saber as cenas dos próximos capítulos. Pra entender o que aconteceu. Pra saber onde tudo isso vai dar.



Não há de ser ruim.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

voltei

Pras coisas que eu deixei.

De repente me vi distante daquilo que gosto e me explica. Me vi sentado à beira de um caminho que não tem mais fim, onde a saudade existe e me preenche de uma forma intensa e inacreditável.

Sinto saudade dos dias mais leves, das noites de lua, dos beijos na boca e dos banhos de mar (ah, os banhos de mar). Sinto falta dos olhos brilhando em minha direção e de sentir o coração aos pulos - contente e assustado com a grandeza daquilo que nos toca e nos faz mais completos.

Sinto a falta dos abraços quentes e sinto falta do cheiro do corpo. Sinto falta do que vivi, e do que ainda nem senti. Sinto falta de você, sinto falta de nós.