quinta-feira, 10 de novembro de 2011

debaixo d'água tudo era mais bonito

Acho que é meio geral essa coisa de pensar que o pior momento é agora. Não vejo um, nem dois, mas vários. Muita gente cansada, triste, insatisfeita, trabalhando demais, ou de menos. Muita gente ansiosa por um dia melhor e mais próximo daquilo que a gente imagina como perfeito (e aqui me entrego réu confesso).

Acontece também que a gente tem a tendência de achar que o pior é aquilo que estamos vivendo - quase como um lamento por não ter mais a vida de antes, de pouca responsabilidade, onde a felicidade era encontrada em coisas mais simples e mais baratas.

Acaba que ficamos sofrendo pelo que está acontecendo ou, então, por aquilo que está por vir. Uma prova, um teste, um novo trabalho, uma viagem, uma apresentação, um cargo maior, uma vida que a gente nem imagina qual será. É ou não é? Quem nunca imaginou o fracasso, o pior, o desemprego, a dependência ou a solidão que atire a primeira pedra.

Mas, e no fim, o que acontece? Invariavelmente passa. E só aí a gente percebe que o bicho não era tão grande, que o monstro não mete tanto medo e que a gente vai, com o passar do tempo, aprendendo a lidar com o que nos assusta - e que tudo aquilo que nos aconteceu durante toda a vida nos preparou justamente pra isso.

Que a gente nunca se esqueça do quanto é bom respirar.

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