Tenho uma série de coisas a aprender na vida. Uma delas é aprender a me desapegar de algumas coisas, e também alguns sentimentos. Essa coisa que sinto, que me faz carregar aquilo e aqueles que fizeram sentido na minha vida me dá raízes, histórias, experiências, alegrias e boas lembranças - mas também, em alguns momentos, acho que me impede de voar em um plano diferente do que estou.
A dificuldade de esquecer aquele que tenho como grande amor hoje me destrói aos poucos. A vontade de dizer tudo que se passa por aqui aparece com grande frequência - no entanto, esse desejo é reprimido pelo receio da resposta seca e fria (e da consequente tristeza que aparece quando a gente abre o coração pra alguém que parece não nos entender). O silêncio do sentimento calado e reprimido então me faz pensar que isso é assim mesmo. E que a vida nada mais é do que uma sucessão de traumas e dores. Mas enquanto isso tudo não passa... Dói um pouquinho a mais.
E então me dou conta do porque tenho dificuldade de abrir a gaveta onde guardo todos os rascunhos de cartões, bilhetes e postais que escrevi. Onde guardo os sentimentos que me mobilizam e me emocionam. Onde guardo o que considero lindo. Onde entendo porque essa saudade não tem fim.
sábado, 29 de outubro de 2011
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