quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Lua Cheia

Fechei os olhos. Senti a aproximação, o cheiro, a respiração, o batimento. Chegava cada vez mais, vinha bem devagar, quase não fazia barulho, estava escuro. Não sabia o que fazer, senti um arrepio estranho. Vinha como nunca alguém havia vindo antes. Chegou muito perto. Enquanto colocava o indicador rente aos meus lábios, cochichou ao meu ouvido: não fala nada... Obedeci. Senti as maçãs de seu rosto encostando nas minhas, senti seu nariz escorregando pela minha face. Estremeci. Era quase o clímax. Abri os olhos. Vi o amor.

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