Então, Começar a Terminar foi a peça que assisti ontem à noite (da-poltrona-com-nome-de-carro: A3!). Com direção e atuação de Antônio Abujamra (setenta-e-seis-anos :O). "Pesada". Já tinham me avisado. Talvez, por isso, nem tenha achado tanto. Afinal, a dualidade do ser, do ir e vir, do querer e poder, do nascer só e morrer só, das memórias, do pensar, do vazio, do existir, ou qualquer assunto que poderia ser abordado, não são assuntos leves mesmo. Nunca foram, nunca serão.
Talvez a expectativa de um chumbo grosso tenha servido para a preparação. Mais do que isso, para a concentração (necessária). Porque a chuva de divagações é grande e, confesso, precisava de um pouco mais de tempo para refletir mais, e mais. Talvez por isso que os livros sejam sempre melhores. Eles nos dão liberdade. Assim, cada leitor digere no seu tempo aquilo que julga interessante.
A platéia da arena tava tomada. Todos atentos. De testemunha, o lustre. Silêncio absoluto. Som um pouco falho. Foi rápido, muito rápido. Queria mais. Se o texto de Beckett foi representado a altura? Quiçá? Só ele mesmo pra julgar...
Enfim, sei que:
"serei eu, será o silêncio, aí onde estou, não sei, não o saberei nunca, no silêncio não se sabe, é preciso continuar, não posso continuar, vou continuar."
E, mesmo que aqui não tenha uma árvore,
Por favor, uma cadeira.
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Pra terminar, o que ouvi num dia desses, novela das oito (!!!): fidelidade é a maior prova de amor que existe.
Concordei ;]
De ontem (pós meloso day): beija eu - marisa monte
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
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Um comentário:
Odiei, simplesmente. Becket a essas alturas tá se revirando no túmulo, provavelmente. Uma filosofia pobre, medíocre, essa do velho babão que se diz ator de teatro. A do Becket? Maravilhosa, mas muito mal aproveitada. Uma pena. Vou ler Schops que ganho mais.
Pelo menos tu gostou. Alguém tinha de gostar, né?
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