quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Quando sol vira pião

Aí que esse último post me lembrou de umas histórias.

Ele teve o título de: sol. E não "SÓL". Pois é. Mas foi isso que um professor de uma Universidade Federal de nosso país escreveu num quadro negro desses, numa aula que tive, há uns dois anos atrás.

Pior talvez, tenha acontecido no semestre seguinte, em que um outro professor conseguiu a proeza de escrever "CUANDO". Assim mesmo, com cê em vez de quê.

Detalhe: os dois professores são brasileiros. Não há desculpas. São alfabetizados, com curso superior, mestres, exemplos pra uma infinidade de alunos.

Claro que nos dois casos ficou aquela situação constrangedora, com uma leve inquietação dos alunos. Mas nada foi dito.

Agora, a última aconteceu essa semana. Estávamos em grupo, debatendo com a professora. Aí que eu escrevi "pião" em minhas anotações. E larguei a lapiseira. E ela, de prontidão, numa rapidez inexplicável, pegou e corrigiu. Escreveu um E em cima do meu I.

Pois é. Acontece que nós não estávamos falando desses caras que participam dos rodeios de Barretos. E eu sabia que tava certo. Eu percebi que ela não sabia que pião se escreve com I. Também não falei nada. Deixei passar. Deixei de ensinar alguma coisa pra alguém. Deixei ela achando que pião se escreve com E. Deixei ela pensando que não sei escrever isso.

No final das contas, ninguém é obrigado a saber tudo. Ninguém sabe tudo. Já devo ter escrito zilhões de coisas erradas também.

Mas uma coisa é certa: deve-se ter cuidado na hora de corrigir os outros. Pode ser que eles estejam certos ;)


d'oooje de manhã, depois de abrir os olhos:
"last thing i remember, i was running for the door
i had to find the passage back, to the place i was before...
"

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