segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Do fim até o começo

Hoje acordei com vontade de escrever uma carta para você... Estou com saudades. Os dias tem sido silenciosos (a cidade toda está viajando nesse período de carnaval) e talvez isto também tenha contribuído para eu estar aqui, agora, escrevendo essas palavras enquanto escuto essas músicas de amor.

Meus pais foram pra praia e estou reinando na casa. Não tenho horário pra nada e estou curtindo essa liberdade, por mais que desejasse sua companhia e seu olhar na minha direção.

Não tenho muitas novidades. Continuo na minha ruivisse natural, de cabelos ondulados e sem corte algum. Acabei de tomar um banho quente e sinto meus cabelos molhados encostando na minha nuca, de tão longos que estão. Não sei bem por que, mas tenho cuidado pouco de mim.

Aqui chove e o vidro em minha frente está repleto de respingos das gotas que caem no parapeito da janela, alterando minha vista. Menos mal que o calor das últimas semanas se foi e, sinceramente, espero que não volte. Continuo não gostando desses dias cinzentos, mas esse cheiro de terra molhada até que não é de todo ruim. Ouço até uns passarinhos cantando...

Hoje terminei de ler Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres, de Clarice Lispector. É, de longe, um dos melhores livros que li nesses últimos tempos. Tava precisando ler essas coisas relacionadas ao amor, e eu adorei. É lindíssimo. Uma aprendizagem, de verdade. Não bateu Dom Casmurro na minha lista dos preferidos, mas chegou bem perto. Sublinhei inúmeros trechos e tenho vontade de relê-lo daqui muito tempo, só pra saber se continuaria a grifar os mesmos pedaços.

Ah, nessa semana assisti também ao filme Amor sem escalas. Assim, sem esperar muito, e acabei gostando bastante. Ele me fez pensar. E isso é tudo, não é? Tem um trecho em que perguntam para o protagonista: "Sabe aquele segundo em que o mundo pára quando você olha nos olhos de uma pessoa?" E, sabe o que ele responde? "Eu não". Pode isso??? Quer dizer... Até acho que pode alguém pensar assim... Mas acho que ele perde tanto, né? Continuo bobo daquele jeito que você conheceu.

Hoje passarei a tarde com meu sobrinho mais velho, o Pedro - que já está com 6 anos, super esperto (você não imagina o quanto). Não sei bem o que fazer, mas estou pensando em levá-lo para assistir Alvin e os esquilos 2 no cinema. Tomara que ele ainda não tenha visto.

Como deve ter notado, estou bem, tranquilo. Minha tristeza às vezes aparece, mas some bem depressa também. Tenho vontade de saber de você. Como você está? Assim... Como você está de verdade? Tens novidades? Suas dúvidas continuam as mesmas? Teus medos continuam os mesmos? Tens descoberto novos lugares? E a tua família, como vai? Tenho saudades de você, tenho saudades do seu jeito. Tenho saudades de tudo. Dê notícias.

Um beijo,

Vítor.

Um comentário:

Marcinha disse...

Já estava indo dormir. Tentei evitar, mas vim parar. Fiquei feliz com o saldo positivo desse lugar que é só seu.Bom...