sábado, 16 de janeiro de 2010

Meu herói

Aí que outro dia, numa dessas tardes abafadas e cinzentas, resolvi ir ao cinema assistir Hachiko: A Dog's Story, traduzido para o português como Sempre ao seu lado. Agora me diz, pra quê, né.

O filme, baseado em uma história real, retrata a vida de Hachi, um cachorro da raça Akita, que é encontrado por um professor universitário (Richard Gere) em uma estação de trem. Eles desenvolvem uma grande amizade e rapidamente Hachi se torna a alegria do professor e da família. O cachorro, fiel e companheiro como todo Akita, chega ao ponto de esperar todos os dias seu dono chegar do trabalho na estação de trem da cidade.

Tudo segue muito bonito até o dia em que o professor morre ao sofrer um ataque cardíaco na universidade. E o cachorro fica lá esperando que o professor volte... Bom, acho que nem preciso dizer a tristeza que é o restante do filme. É uma aula sobre lealdade.

Pra piorar, é um Akita. E, pra quem não sabe, o único cachorro que tive na vida foi um Akita branco, de focinho rosa, que se chamava Tommy (já tinha falado dele aqui). Por isso, já conhecia a história de Hachi e seu monumento no Japão.

Tommy era meu amigo, meu companheiro e o mais bonito dos Akitas que já conheci. Era querido por toda a família e conhecido por todos os vizinhos. Era lindo. Foi com ele que conversei inúmeras vezes quando pequeno e foi a ele que dei prazer fazendo carícias na barriga e no pescoço. Foi ele que me salvou de um assalto.

Tinha 12 anos e estava sozinho em casa quando os assaltantes quebraram a porta. Ele latiu tanto, mas tanto, que me escondi a tempo e me salvei. Foi a mim também que ele procurou pela casa quando já não estava bem, e foi no meu colo que ele morreu quando já não aguentava mais.

Assim, o filme - que já é triste por si só, com todo meu histórico virou um dos dramas mais tristes que já vi e um dos filmes que mais me fez chorar na vida...

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