Tô pra achar época mais deprimente do que essa de fim de temporada. É a despedida do verão, do tempo de sol, da praia. Despedida do tempo livre, do ócio, do dolce far niente. Despedida da liberdade e o início das obrigações. O horário de verão já acabou, a cidade volta a ficar cheia e as pessoas voltam ao ritmo frenético e à rotina.
Mas o mais deprimente mesmo são esses concursos que fazem de garota da estação. Me diz, pra quê? O verão agora já era (porque verão em março só existe pra pessoal da terceira idade, né). Quando começa aquela propaganda surrada com a mesma musiquinha de 15 anos atrás é o primeiro sinal de que o verão tá acabando. É deprimente pra chuchu.
Garotas com o corpo ainda em formação, desfilando em uma praia horrível, sem um pingo de sol e ainda tendo de segurar os cabelos por causa do vendaval que sempre tem. Pra completar o quadro, as coitadas ainda tem de mostrar desenvoltura e simpatia, dando uma voltinha no final da passarela, como se tivessem fazendo a coisa mais natural do mundo. Chego a ter pena.
E ainda tem o figurino. Não sei quem é a pessoa que inventa aquelas roupas, mas imagino que seja alguém de outro mundo. Me lembro duma vez em que as garotas pareciam astronautas em trajes de banho (!!!). E o pior, elas se sujeitam. Com esperanças de serem lembradas como a garota do verão 2009, que ganhou um Uno Mille pelado na final do concurso.
E ainda tem a escolha da torcida. Nossa, me diz: tem coisa pior? Invariavelmente tem aquele monte de colono com faixas e trombones, como se aquilo fosse um páreo, onde as garotas precisassem ser estimuladas. Arroio do meio, Tupanciretã e Arvorezinha tão sempre lá. Com a farofa na boca. Sendo que a candidata escolhida pela torcida, sempre é aquela da cidade mais populosa. Óbvio.
E ainda tem os apresentadores (isso que nem vou falar dos jurados, que tem sempre algum dono de loja de quinta). Os apresentadores são obrigados a forçar uma barra monstra. Têm que mostrar uma empolgação que não existe, como se aquilo fosse o concurso mais importante da paróquia. Vamos combinar: apresentar concurso de beleza não é prêmio, é castigo.
Tá, parei. Também não vou condenar totalmente. Deve dá um trabalho absurdo organizar esse treco. E tem mais, como diria o sábio lá: "as feias que me desculpem, mas beleza é fundamental". É mesmo.
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Coisa bem boa
1. Isso de colocar as coisas direto no lixo. É relaxante, prazeroso. Quase como tirar um peso das costas, dá um alívio imediato. Recomendo.
2. Isso de abrir uma gaveta e não ver nada dentro. Gosto mesmo de coisas vazias. Um dia ainda vou ter um quarto branco vazio. Mas vazio mesmo. Talvez só com uma poltrona dessas de designer famoso. Onde eu possa entrar, me sentar e olhar o nada. Paz.
3. Isso de aparecer um dia com cara de segunda depois três dias consecutivos com cara de domingo. E o melhor é que amanhã já é quinta. ê beleza.
++
Desses dias:
"Todo o carnaval tem seu fim
Todo o carnaval tem seu fim
E é o fim, e é o fim!
Deixa eu brincar de ser feliz,
Deixa eu pintar o meu nariz..."
2. Isso de abrir uma gaveta e não ver nada dentro. Gosto mesmo de coisas vazias. Um dia ainda vou ter um quarto branco vazio. Mas vazio mesmo. Talvez só com uma poltrona dessas de designer famoso. Onde eu possa entrar, me sentar e olhar o nada. Paz.
3. Isso de aparecer um dia com cara de segunda depois três dias consecutivos com cara de domingo. E o melhor é que amanhã já é quinta. ê beleza.
++
Desses dias:
"Todo o carnaval tem seu fim
Todo o carnaval tem seu fim
E é o fim, e é o fim!
Deixa eu brincar de ser feliz,
Deixa eu pintar o meu nariz..."
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
UTI
Uma senhora. Que tem marcas da idade, que já sofreu e que já viu de tudo. Uma idosa que viu as crianças crescerem, a tecnologia chegar e as relações se transformarem. Uma anciã que tá cansada e que, apesar das marcas, resiste bravamente através das plásticas. É assim que vejo essa casa onde morei durante toda minha vida.
Por ser datada do inacreditável ano de 1897, não imagino tudo que possa ter acontecido por essas bandas. Não imagino o que essa fachada possa ter assistido, nem o tudo que possa ter mudado nesse tempo todo. Minha imaginação se perde assim como minha memória que não me deixa lembrar de quase nada anterior aos meus sete anos de idade. Verdade é que foi aqui que passei meus melhores e piores momentos.
Aqui eu vim quando nasci. Aqui eu aprendi a falar, a caminhar, a escrever, a ler. Aqui eu sangrei, chorei, fiquei doente e vomitei. Aqui eu joguei bola, andei de bicicleta, brinquei com meus carrinhos, joguei sinuca. Aqui eu vi inundar, vi assaltos e brigas. Aqui eu estudei muuuito, descobri o prazer, o sexo. Aqui convidei pra vim jantar meus melhores amigos. Aqui eu naveguei na internet, me escondi embaixo da cama, dentro do armário, atrás das portas e das cortinas. Aqui eu voltei saudoso cada vez que viajei. Aqui vi meu cachorro me procurar antes de morrer. Aqui eu estacionei meu primeiro carro, vi meu primeiro dente cair, escrevi meus textos. Aqui eu cantei, dancei, sorri sozinho. Aqui eu vivi e cresci vendo lesmas no pátio, largartixas nas paredes, pássaros nas árvores e borboletas no ar. Aqui eu fui triste e aqui eu fui feliz.
E daqui vou sair dentro de um ou dois dias. Vou morar em um apartamento novo como um bebê. Um lugar sem histórias, sem choro, sem sangue. Um lugar vazio de sentimentos e memórias e que vai se mostrar como é com o tempo.
Branca como uma folha de papel, de janelas azuis como grandes olhos e encamentos externos vermelhos como longas veias. Sentirei saudades.
Por ser datada do inacreditável ano de 1897, não imagino tudo que possa ter acontecido por essas bandas. Não imagino o que essa fachada possa ter assistido, nem o tudo que possa ter mudado nesse tempo todo. Minha imaginação se perde assim como minha memória que não me deixa lembrar de quase nada anterior aos meus sete anos de idade. Verdade é que foi aqui que passei meus melhores e piores momentos.
Aqui eu vim quando nasci. Aqui eu aprendi a falar, a caminhar, a escrever, a ler. Aqui eu sangrei, chorei, fiquei doente e vomitei. Aqui eu joguei bola, andei de bicicleta, brinquei com meus carrinhos, joguei sinuca. Aqui eu vi inundar, vi assaltos e brigas. Aqui eu estudei muuuito, descobri o prazer, o sexo. Aqui convidei pra vim jantar meus melhores amigos. Aqui eu naveguei na internet, me escondi embaixo da cama, dentro do armário, atrás das portas e das cortinas. Aqui eu voltei saudoso cada vez que viajei. Aqui vi meu cachorro me procurar antes de morrer. Aqui eu estacionei meu primeiro carro, vi meu primeiro dente cair, escrevi meus textos. Aqui eu cantei, dancei, sorri sozinho. Aqui eu vivi e cresci vendo lesmas no pátio, largartixas nas paredes, pássaros nas árvores e borboletas no ar. Aqui eu fui triste e aqui eu fui feliz.
E daqui vou sair dentro de um ou dois dias. Vou morar em um apartamento novo como um bebê. Um lugar sem histórias, sem choro, sem sangue. Um lugar vazio de sentimentos e memórias e que vai se mostrar como é com o tempo.
Branca como uma folha de papel, de janelas azuis como grandes olhos e encamentos externos vermelhos como longas veias. Sentirei saudades.
sábado, 21 de fevereiro de 2009
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
Sutilmente
Uma das letras que mais gostei desses últimos tempos. A música tem uma levada pop, super radiofônica, mas mesmo assim canto toda toda quando toca no rádio ;]
"E quando eu estiver triste, simplesmente me abrace
Quando eu estiver louco, subitamente se afaste
Quando eu estiver fogo, suavemente se encaixe
E quando eu estiver triste, simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco, subitamente se afaste
E quando eu estiver bobo, sutilmente disfarce
Mas quando eu estiver morto, suplico que não me mate, não!"
Sutilmente diz tudo.
"E quando eu estiver triste, simplesmente me abrace
Quando eu estiver louco, subitamente se afaste
Quando eu estiver fogo, suavemente se encaixe
E quando eu estiver triste, simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco, subitamente se afaste
E quando eu estiver bobo, sutilmente disfarce
Mas quando eu estiver morto, suplico que não me mate, não!"
Sutilmente diz tudo.
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Despedidas
Meio que num sentimento muitcho louco. As paredes já não têm mais quadros, a televisão não está mais na sala, os porta-retratos se sumiram. Como se os sentimentos tivessem sido encaixotados. Tem se mexido em tudo nesses dias. Vem à tona lembranças e objetos que estavam aqui tão perto e tão esquecidos. Não me seguro. Revejo os álbuns, os cartões, os bilhetinhos. Reviro o passado tentando imaginar o futuro. Memórias.
Pra completar, ontem, de novo, o cravo brigou com a rosa... debaixo de uma sacada... o cravo saiu ferido e a rosa... despedaçada.
Pra completar, ontem, de novo, o cravo brigou com a rosa... debaixo de uma sacada... o cravo saiu ferido e a rosa... despedaçada.
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
Adoro as manhãs
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Tô com a Gi
Aí que dia desses, zappeando pelos canais da tv à cabo, me chama atenção uma entrevista ao vivo com a nossa número um, e canceriana, Gisele Bündchen. Era daquelas entrevistas rápidas de pós-desfile de semana de moda.
Pois bem, era o exato momento em que a menina perguntava pra ela:
_ Gisele, você sabe que toda mulher sonha em ser Gisele Bündchen. Mas e você? Se pudesse ser alguém, seria quem?
E aí que ela, depois de pensar por uns segundos, responde na maior sinceridade:
_ Acho que eu seria eu mesma, só que mais calma!
Vibrei. Não respondeu nem Madre Teresa de Calcutá, nem Mahatma Gandhi e nem Lady Di (típicas respostas panacas e politicamente corretas de miss). No duro, gostei mesmo da resposta dela.
E digo mais: juro que responderia a mesma coisa. Queria ser eu mesmo, só que menos aflito! (não. nem a beleza, nem a conta bancária dela, eu invejo)
Será que tem jeito?
É, eu quero paz e amor :)
Pois bem, era o exato momento em que a menina perguntava pra ela:
_ Gisele, você sabe que toda mulher sonha em ser Gisele Bündchen. Mas e você? Se pudesse ser alguém, seria quem?
E aí que ela, depois de pensar por uns segundos, responde na maior sinceridade:
_ Acho que eu seria eu mesma, só que mais calma!
Vibrei. Não respondeu nem Madre Teresa de Calcutá, nem Mahatma Gandhi e nem Lady Di (típicas respostas panacas e politicamente corretas de miss). No duro, gostei mesmo da resposta dela.
E digo mais: juro que responderia a mesma coisa. Queria ser eu mesmo, só que menos aflito! (não. nem a beleza, nem a conta bancária dela, eu invejo)
Será que tem jeito?
É, eu quero paz e amor :)
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
Separação de Bens
Aí que cansei e resolvi me separar de mim mesmo (sim, de novo) haha.
Pra começar, resolvi me livrar dessa subjetividade medonha que me atormenta diariamente. Então, no ano que começa em breve (sim, porque ano que é ano, no Brasil só começa em março) prometo que serei mais objetivo. Tipo assim: FOCO - PÁ - PUM. Deu, acabou. Sem reflexões, nem divagações.
Também pretendo parar de me expor e falar de coisas ruins, problemas e insatisfações. E de meus defeitos. Então, vou começar a me autoelogiar e a enaltecer o que tenho de bom haha (autoestima é tudo). Pra começar, acho que sou... errr... huuum... sei lá. Não sei exatamente o que, mas alguma qualidade devo ter, né?
E hoje é sexta-feira, é dia treze e a lua tá cheia.
auuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
Errante, errado e comum
E parafraseando Maysa:
"Havia um profundo desencontro dentro de mim: acabei sem saber quem eu era".
++
Se em momentos bons a gente vive, são em momentos difíceis que a gente aprende.
Vida que segue...
UPDATE
depois de postar, abro o orkut e me aparece essa: Nossa força cresce de nossa fraqueza.
elaiá!
"Havia um profundo desencontro dentro de mim: acabei sem saber quem eu era".
++
Se em momentos bons a gente vive, são em momentos difíceis que a gente aprende.
Vida que segue...
UPDATE
depois de postar, abro o orkut e me aparece essa: Nossa força cresce de nossa fraqueza.
elaiá!
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Mais feliz
Não entendo essa teoria de achar que as pessoas serão mais felizes se estiverem mais ocupadas. Sei lá, me parece uma solução simplista desse mundo moderno. Mais uma.
Concordo que, com a cabeça ocupada, se tem mais facilidade de esquecer as coisas ruins da vida. As desilusões, as frustrações, os traumas, os medos. Concordo também que a vida é feita de experiências e tentativas. E é errando que se aprende. Aliás, o bom da vida é isso: aprender.
Mas agora, de que adianta encher a cabeça com atividades e responsabilidades novas se você e os problemas a sua volta continuam os mesmos? Me parece uma forma de se enganar, uma forma de dizer que tá tudo bem, quando na verdade não tá. Uma ilusão.
Talvez seja eu o errado mesmo. Eu e meu jeito caranguejo de ser. Jeito que quer ter certeza que o chão que tá na minha frente é firme, jeito que me faz andar pro lado, jeito que me faz ser o que sou. Jeito medroso, que faz drama e que hiperdimensiona cada obstáculo. Jeito sonhador que idealiza as situações e sonha em ser mais feliz. Jeito meu.
Concordo que, com a cabeça ocupada, se tem mais facilidade de esquecer as coisas ruins da vida. As desilusões, as frustrações, os traumas, os medos. Concordo também que a vida é feita de experiências e tentativas. E é errando que se aprende. Aliás, o bom da vida é isso: aprender.
Mas agora, de que adianta encher a cabeça com atividades e responsabilidades novas se você e os problemas a sua volta continuam os mesmos? Me parece uma forma de se enganar, uma forma de dizer que tá tudo bem, quando na verdade não tá. Uma ilusão.
Talvez seja eu o errado mesmo. Eu e meu jeito caranguejo de ser. Jeito que quer ter certeza que o chão que tá na minha frente é firme, jeito que me faz andar pro lado, jeito que me faz ser o que sou. Jeito medroso, que faz drama e que hiperdimensiona cada obstáculo. Jeito sonhador que idealiza as situações e sonha em ser mais feliz. Jeito meu.
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
Pagando os pecados
Feriadão, ninguém na cidade, tempo de chuva, sozinho em casa, nada pra fazer e a aí o que acontece?
A internet cai, junto com o temporal.
Já são 6 dias sem acesso à rede. E muitas horas ao telefone com a Net-Vírtua.
Foi castigo. Só pode.
A internet cai, junto com o temporal.
Já são 6 dias sem acesso à rede. E muitas horas ao telefone com a Net-Vírtua.
Foi castigo. Só pode.
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