quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Que dúvida

Outro dia, num desses intervalos de novela, ela me pergunta:

Ví, tu quer ter filhos?

E eu, sem pestanejar, respondi:

Claro.

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Tempos atrás tava eu indo à pé até esse shopping aqui perto quando, na subida da lomba, vi um pai descendo a rua, com sua filha na garupa. Era no meio da tarde de um dia de semana e, provavelmente, eles estavam voltando do parque. Ele devia ter seus vinte e tantos anos e ela dois, ou três no máximo. Mas enfim, o que me chamou atenção não foi propriamente eles (mal lembro como eram). Me chamou a atenção a alegria dos dois.

Estavam radiantes. Os dois estavam despreocupados, livres, o mundo continuava girando ao redor e eles não tavam nem aí. Era como se estivessem a sós ali, donos da rua. Estavam realmente felizes e isso me tocou bastante...

Talvez porque eu tenha o péssimo hábito de disfarçar minha tristeza sorrindo. Talvez porque sejam poucas as pessoas que me façam sorrir de verdade. Talvez porque ser pai deve ser sim uma coisa muito boa...

Enfim... desejo proporcionar alegria similar a alguém que mereça e a um filho meu. Desejo sentir aquele abraço sincero, aquelas palavras de carinho. Desejo sentir as mãos no meu cabelo... sem precisar pedir, sem precisar fazer primeiro pra ver se vou receber em troca...

Mal posso esperar.

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