terça-feira, 15 de julho de 2008

SuperEgo

Só porque sô suuuuuper atrasado e fui descobrir esse blog só hoje!

Pior ainda é descobrir que ele já era. Morreu após três anos de existência. Agora, jaz na rede interminável do mundo virtual. E, pra nossa sorte, ele NÃO FOI deletado.

Muito bem escrito e com comentários e críticas pertinentes (aquelas que todos querem fazer e poucos tem coragem) o espaço se tornou uma crônica do cotidiano, das pessoas, dos fatos e das coisas que nos cercam. Adorei.

Pena ter encontrado-o só agora, num momento em que não surgirão novos posts amanhã a respeito dos sapos que tivemos que engolir hoje.

Um dia, ainda chego no nível desse jornalista (mesmo sendo eu um simples estudante de engenharia...) e consigo, nesse espaço, dar continuidade ao formato SuperEgo de ser.

Aí vai o link das memórias póstumas de um super ego: http://superego.colunas.entretenimento.globo.com/

Dois aperitivos:

OUVIR ESTRELAS

Vamos lá, celebridades. Façam algum escândalo, animem a vida alheia, assumam suas fraquezas, freqüentem o re-hab, façam valer a pena cada minuto de fama. Não é possível que não haja uma atriz sequer neste país com status de diva, daquelas loucas infernais, alcoólatras e amantes, idolatradas e odiadas ao mesmo tempo.

Vocês são todas umas medrosas, não se colocam nunca. Quero várias Naomis por metro quadrado, ver o circo pegar fogo, ouvir histórias cabeludas e achar que Narcisa Tamborindeguy, perto de você, chega a ser carola. Falta cultura pop nessa terra, gente que faz, gente que renda notícia, que acontece, que apronta.

Tudo que vejo é uma turma de bonzinhos de faz-de-conta, jararacas camufladas de ovelhas brancas e sem opinião para nada. Faz anos que não ouço falar de você, há décadas ninguém vira assunto. Procura-se estrelas no Brasil. Está em falta, acabou. O máximo que temos é uma Preta Gil.

Que venham polêmicas, que apareçam as vilãs, que as boazinhas se danem. Vai, minha filha, faz o que te dá na cabeça porque você não deve satisfações a ninguém. E não se preocupe caso o Falabella não lhe conceda o dom do papel principal. Outros virão.

Seja protagonista de, pelo menos, um fato verídico. A novela é outra agora, baseada em mentiras sinceras. Tudo de plástico. Você e seu discurso. Eu?


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CARÊNCIA ZERO

Ana Carolina diz que agora quer namorar um homem. Atriz lésbica está namorando um gay. Peruas vão para o altar com bichas, casais homo tentam repetir em casa a rotina hetero. Enrustidos constituem família de segunda a sábado e no domingo descansam no gueto.

Nada contra ninguém, nem sou eu o primeiro a contar isso para alguém, mas que medo é esse de ficar sozinho? Será que vale se submeter a tudo e a toda hora só para contar com o duvidoso achando que está tudo certo? Como reza o novo contrato social entre parceiros?

Depois do pacto de sangue e do pacto nupcial, o que vem agora como garantia de felicidade oficial? Estou me separando de mim mesmo, agora. E lanço a pergunta: como é se sentir solitário ao lado de alguém?


Créditos: Hermés Galvão

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E esse blog, até onde vai?

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