quarta-feira, 23 de novembro de 2011

caminhos cruzados

outra noite sonhei que tínhamos uma filha pequena e que ela tinha tirado uma foto nossa. aparecíamos apenas do joelho pra baixo, sentados em um sofá azul, com os pés sobre um pufe. foi bonito.

depois ficamos conversando sobre o quanto ela devia achar os nossos pés grandes e fantásticos...

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Dois ou um

Essa coisa de fazer alguns programas sozinho mexe comigo. De voltinha no bairro até um filme qualquer no cinema. Sempre acontece alguma coisa, vem um sentimento diferente - bom ou ruim, tanto faz. Fato é que invariavelmente tudo isso me toca em algum lugar.

A última que me aconteceu fui em um show. Estava lá, bem no meio da plateia, cercado de centenas de desconhecidos quando o espetáculo começou - e a primeira música se referia a um alazão correndo em uma terra seca, sob o sol forte. Pois bem, o que senti foi um arrepio que chegou até a raiz dos meus cabelos. Difícil de explicar... Me perturbou a cavalgada.

Imaginar o galope e aquele vendaval na cara me quebrou e me reconectou, mexeu comigo de uma meneira que há muito não acontecia. E aí fiquei pensando o quanto estarmos "sozinhos" nessas situações nos deixa mais expostos, mais atentos e mais propensos a nos emocionarmos.

Ao final fiquei pensando que, se estivesse com alguém ali, não sentiria um frio na espinha tão forte. De qualquer forma, cada vez que aparecem essas sensações nas minhas andanças, fico pensando em como ficaria feliz se naquele momento pudesse estar dividindo essas emoções - e de como a vida perde o sentido quando não podemos / conseguimos dividir o que sentimos. Ai de nós.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

debaixo d'água tudo era mais bonito

Acho que é meio geral essa coisa de pensar que o pior momento é agora. Não vejo um, nem dois, mas vários. Muita gente cansada, triste, insatisfeita, trabalhando demais, ou de menos. Muita gente ansiosa por um dia melhor e mais próximo daquilo que a gente imagina como perfeito (e aqui me entrego réu confesso).

Acontece também que a gente tem a tendência de achar que o pior é aquilo que estamos vivendo - quase como um lamento por não ter mais a vida de antes, de pouca responsabilidade, onde a felicidade era encontrada em coisas mais simples e mais baratas.

Acaba que ficamos sofrendo pelo que está acontecendo ou, então, por aquilo que está por vir. Uma prova, um teste, um novo trabalho, uma viagem, uma apresentação, um cargo maior, uma vida que a gente nem imagina qual será. É ou não é? Quem nunca imaginou o fracasso, o pior, o desemprego, a dependência ou a solidão que atire a primeira pedra.

Mas, e no fim, o que acontece? Invariavelmente passa. E só aí a gente percebe que o bicho não era tão grande, que o monstro não mete tanto medo e que a gente vai, com o passar do tempo, aprendendo a lidar com o que nos assusta - e que tudo aquilo que nos aconteceu durante toda a vida nos preparou justamente pra isso.

Que a gente nunca se esqueça do quanto é bom respirar.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Os átomos todos dançam

Não sei se acontece com todo mundo essa coisa de se comover com umas coisas bobas. Hoje foi uma mensagem. Simples e simbólica. E o dia pareceu de um colorido sem igual.

E aí conto tudo isso que vive dentro de mim. E o povo não acredita. Dá vontade de dar uma sacudida - é verdade, gente, acontece. É lindo, é vasto, vai durar - ok, convencido aceito, vamos com calma. Mas, de onde vem o que há de mais verdadeiro em mim, digo com serenidade: não há de ser ruim, não ♥

E me vem a vontade de cantar desafinado ao pé do ouvido:

Teu cabelo preto
Explícito objeto
Castanhos lábios
Ou pra ser exato
Lábios cor de açaí

E aqui, trem das cores
Sábios projetos:
Tocar na central
E o céu de um azul
Celeste celestial...




Lindo, lindo...

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

à flor da pele

esse sentimento de partida e as emoções a mil.

alguém segura?