Pensando em tudo o que aconteceu nesses últimos dias, meses e anos foi que me descobri sem ressentimentos. Me descobri sem aquela vontade de chorar ininterruptamente, sem aquela vontade de sumir do mapa, sem nem aquela vontade de matar, sem nem a necessidade de fazer justiça e provar a alguém que sou ainda melhor do que aquela pessoa um dia supôs que eu fosse. Não sei exatamente o por quê.
Vejo muitas pessoas que sofrem muito, que ficam pro resto da vida remoendo frases que ouviram, discussões que tiveram, verdades que foram ditas, rememorando os traumas como se aquilo fosse a energia que precissassem para seguir em frente. Claro que tem o seu lado positivo, funciona como se fosse um trampolim mas... Será bom isso?
Acredito que devemos seguir em busca de nossa felicidade, de pessoas que nos façam bem, pra passarmos por dias ainda mais felizes. Talvez seja por isso que tenha dificuldades de entender como, para alguns, isto passe pela necessidade de provar algo a alguém. É bobagem. No fim das contas, a maior batalha é mesmo nós contra nós mesmos. Nós contra nossas dores, nossos problemas, nossos traumas, nossas dificuldades e nossas ansiedades.
Talvez tudo isso entre novamente naquela categoria dos meus conformismos, sei lá. Se me fez mal? Ok, me fez mal. Não sinto a necessidade de revidar. Talvez seja bobagem minha, mas acredito que a própria vida se encarregue disto, sempre. O que passamos, o que ouvimos e o que sentimos com certeza ficará para sempre em nossa memória. O jeito é saber lidar com isso, dar tempo ao tempo e bola pra frente. Com a segurança de que o passado vai ficar lá, estático, enquanto caminhamos em busca de dias melhores :)
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
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