domingo, 8 de abril de 2012

Balanço da minha terra

Pátria é uma coisa que não sai da gente, né? Diria Mário de Andrade: "Pátria é acaso de migrações e do pão nosso onde Deus der...". Pois é exatamente isso que tenho sentido: como se existisse uma pátria que não sai de mim. Mas, sobretudo, o que sinto hoje é que sou um estrangeiro em uma terra desconhecida, mas também desejada.

Seja como for, é essa terra que escolhi. Pois é aqui que creio ser possível construir a minha morada e, em conjunto a isso, alcançar os meus sonhos. Talvez possa parecer banal, mas é aqui que espero cultivar o que acredito, para ver florescer o que de mais belo existe.

Não tenha dúvidas: hei de regar cada canto pra que nunca chegue a amargura de um terra seca e sem vida. Hei de contribuir com meu suor pra que meu lugar esteja sempre protegido dessas ventanias que acontecem e nos fazem crer que a vida não é justa. Hei também de esfriar os ânimos a cada vez que achar que não irei suportar o calor de uma vida sem tempo. Sobretudo, aqui hei de derramar toda lágrima que existir ao saber que não vou mais ver os seus doces olhos repletos de emoção.

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