domingo, 18 de dezembro de 2011

essas histórias de você

olha, estou em uma fase em que está cada vez mais difícil encontrar palavras pra descrever algumas coisas e algumas sensações... a última que me aconteceu foi em uma sala de cinema, assistindo ao último (e ótimo) documentário do Eduardo Coutinho (As Canções).

a ideia não é exatamente a coisa mais original do nosso brasil brasileiro (pessoas comuns, sentadas em frente a uma câmera contando e cantando as canções que mais marcaram suas vidas), mas é exatamente aí que mora toda a emoção do filme. assistir àquelas simples criaturas declamando aquelas músicas, contando aquelas histórias e tentando traduzir aqueles sentimentos é coisa linda do mundo - faz a gente não se sentir sozinho, e também acreditar que o mundo todo tem um grande amor dentro de si.

em mim os momentos de emoção não foram poucos - confesso que me lavei em lágrimas. não sei se por carência, ou por simples identificação mesmo. fato é que o documentário me deixou pensando no quanto pode ser lindo e doloroso o sentir. seja como for, foi ali naquela tela que me reconheci simples, humano, qualquer.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

sinta o gosto do sal

Ando bem centrado nessa coisa de que a vida é uma sucessão de fases. Um pouco pra não querer atropelar os fatos e os sentimentos, mas muito também pra não ser mais uma vítima dessa ansiedade que anda engolindo tanta gente por aí.

Pois então, enquanto me sinto nesse estágio final-de-uma-fase-início-de-outra, o que me move no momento é o desejo de ter o meu próprio espaço. Minha casa, meu lar, meu céu.

Ainda esses tempos imaginei as paredes, as estantes, as coisas. Ainda esses tempos imaginei o clima que quero que tenha no meu canto, e também as pessoas que gostaria que passassem algumas (ou muitas) horas no meu mundo.

Imaginei também as músicas, as cores, os objetos, o cheiro e a luz. Sabe, imaginei o jogo de panelas, as toalhas de banho e as roupas de cama também...

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"a cada milágrimas sai um milagre". ah que acho tão lindo isso.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

plenitude sem fulminação

como meu grande amor tem andado em um universo que não sei bem qual é, tenho dado chance - e com relativo sucesso - a um outro grande amor meu. amor que me completa, amor que me emociona, amor que me leva a lugares que nunca imaginei pisar (falo d'a música).

tenho experimentado distintos sentimentos em cada um desses shows a que vou. tristeza, felicidade, desilusão, esperança. alegria, solidão, tranquilidade e emoção também são palavras que tentam traduzir aquilo que acontece comigo. a verdade é que, cada vez que acaba cada um destes encontros, sinto como se tivesse levado uma injeção de vida nas minhas veias - uma injeção repleta de um sentimento que me leva a pensar que a vida, apesar de, é.

participar do espetáculo indivisível de zé miguel wisnik se tornou mais um desses momentos que quero guardar dentro de mim - e que quero que se repitam muitas e muitas vezes nessa minha vida insossa. bobo que sou, preciso disso pra viver, pra respirar; sobretudo, preciso pra me sentir privilegiado e poder agradecer por cada coisa linda que vivo, escuto - e sinto.

em mim a música percorre, preenche; a música ocupa; em mim a música é tempo, pensamento; em mim a música são meus olhos marejados e repletos daquilo que é sentir.