Das coisas que descobri nas férias, com certeza a mais importante foi a de que não sou deprimido. E isso é algo. Porque depressão, no meu ponto de vista, é o fundo do poço. É ver tudo cinza, é deixar o desânimo tomar conta, é não ver saída em lugar nenhum mesmo. Não é à toa que tantos depressivos se suicidam. Depressão deve ser (muito) foda.
Em compensação, ao mesmo tempo que descobri que não sou deprimido, descobri que sou frustrado. O que não é uma coisa legal de se descobrir, mas imagino que seja menos pior do que se descobrir deprimido. Porque a frustração, pra mim, é algo que tá ali por algum motivo mas que, com o tempo, tende a se esmorecer ou se transformar em alguma outra coisa (até mesmo uma depressão). Acredito que aprendemos a lidar com as frustrações, enquanto a depressão me parece uma força maior.
Me explico: não me sinto frustrado por não ter tudo o que quero, nem por ser do jeito que sou, nem tão pouco por não saber o que fazer da vida. O que acontece é que, às vezes, acho que me conheço demais. Parece tosco isso (e é), mas é o que sinto.
Também não queria que isso parecesse um drama, ou uma tempestade em copo d'água, ou um amontoado de baboseiras, mas enfim. É só uma constatação. O que acontece é que tem dias que vejo todos meus pontos fracos gritando na minha frente, como que querendo que eu tomasse uma atitude para transformá-los. E aí é que tá: não tomo. E daí vem a frustração.
Pode parecer uma imbecilidade, mas eu demorei um tempo para me dar conta disso. Que ninguém é perfeito, eu sei. Mas isso não me impede de tentar ser...
sexta-feira, 20 de março de 2009
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